Estava vendo em um site que para se enviar um caminhão por navio, o gasto pode ser de US$3.000 até US$15.000 dependendo de distância e da forma de envio (Container, plataforma ou RoRo). É um custo pra lá de proibitivo este último.
O problema é que este "brinquedo" não tem no Brasil (nem mesmo o Fuso 4x4 tem) e, como disse anteriormente, o custo triplica para importar.
Só que vc tocou em um ponto chave... o registro no Brasil. A pergunta que não quer calar, na verdade. Se eu vou viajar por vários países, porque registrá-lo no Brasil? Aliás, porque registrá-lo em algum? rsrs
O problema é que todo veículo precisa ser registrado em algum país. Um veículo, assim como uma pessoa, precisa ter uma "certidão de nascimento". E para registrá-lo em qualquer país é necessária uma documentação e, como não poderia deixar de ser, um endereço.
Ou seja, a não ser que eu more em outro país (Austrália, por exemplo), com um visto no período que eu desejo para cumprir a expedição, e tenha um endereço, eu não consigo comprar um carro desses. Sendo um pouco mais filosófico rsrsrs, é uma espécie de "liberdade condicionada". Um veículo desse te dá uma liberdade "sem limites", mas "com alguns limites" rsrsrs.
A outra coisa é que são quase 2 da matina e eu estava lendo este site de outro cara que tem uma VASTA experiência em viajar pelo mundo. E o cara teve a paciência de documentar tudo. Todos os processos, dicas, necessidades, país por país...incrível. Segue:
How to Explore Planet Earth in a Vehicle
É claro que ele está com um Earthcruiser rsrs.
Tem uma parte que ele começa a explicar como funciona o processe de "importação/exportação" de um veículo cada vez que vc entra e sai de um país. Existe todo um processo que envolve seguro, um carnê com depósito, caução e um sem fim de protocolos. E isso varia de país para país. Tem uma parte onde ele fala da HÍPER-burocracia australiana na hora de reimportar o veículo. Olha, na boa, é uma coisa um tanto assustadora e não sei até que ponto isso tudo tem aderência a tal vida "desapegada" que eu estou propondo aqui.
A minha idéia era realmente ter uma casa sobre rodas, onde eu pudesse viver com minha mulher com algum conforto e enfrentar terrenos difíceis, no Brasil, primeiramente e, depois, países da América do Sul. Uma terceira rota seria a América Central.
Mas repare que estas são possibilidades infinitamente mais simples. Não do ponto de vista de relevo ou clima, mas do ponto de vista de burocracia internacional.
Pelo que entendo, esses caras "expedicionários" fazem um projeto para dar a volta ao mundo, com cronogramas, altos planejamentos, um grupo em muitos casos, enfim.
A minha idéia, realmente, era "cada hora ter um quintal diferente" rsrsrs... Sei lá, coisa como ficar uma semana em Jericoacoara, depois outra em Lençóis Maranhenses, um mês na Chapada, depois ir pros Andes, voltar pra Bahia, enfim.
É uma decisão difícil, pois, se eu gostar da brincadeira e resolver fazer estas viagens pelo mundo (o que estou caindo na real que o buraco é bem mais embaixo), seria bom já ter um carro já preparado para isso. Mas existe uma infinidade de entraves.