Pois é all... fui derrotado novamente pelo laguinho de egesa.
Aqui vai o relato do que aconteceu desta vez.
Háviamos combinado de fazer uma trilha no domingo, fato inédito para Campo Belo conseguimos juntar 6 jipes para fazer a trilha. Marcamos a saída as 09:00 do domingo em frente a Disa. Fui o último a chegar, todo mundo já estava lá. Foi uma visão que jamais imaginei ver aqui, 6 jipes prontos pra rodar para trilha. Coisa inédita. Éramos 4 jeeps e 2 nivas.
Tudo decidido, rota traçada, lá vamos nós. O comboio saindo e chamando a atenção do pessoal que estava na rua. Na subinda da Afonso Pena já tivemos a primeira baixa, um dos jeeps deu problema na bomba de gasolina e já ficou por ali mesmo. Resolveu não ir.
Continuamos em 5 jipes, chegamos ao local determinado, o maldito laguinho da egesa. Fui o primeiro a entrar, atravessei, subi o barranco do outro lado, tudo só alegria. Quando cheguei no local onde o pessoal estava eu jeep deu uma travada, achei estranho, olhei, procurei o que poderia ser, mas não achei o problema.
Fiquei vendo os outros jipes atravessarem o laguinho. O segundo a entrar foi o jobinho com seu jeep "DAKOnTA". Atravessou sem problemas.
O terceio a entrar foi o Olair com o jeeptanic, segundo o pessoal que anda com ele basta ver uma pocinha de água que o jeep afunda que é uma beleza. E não é que estavam certos? Nem chegou no meio do laguinho e já náufragou.
Então entra eu com o bacate atômico e retirei o jeeptanic de dentro da água. O quarto a entrar foi o Jorginho da Disa com o Niva vermelho. Atravessou sem problemas. Ele teve apenas um problema pra subir o barranco do outro lado, achava que o niva não subiria, após um trabalho psicológico e algumas instruções ele subiu um barranco. Vcs tinham que ver a cara de felicidade dele.
E o quinto e último a entrar foi o Dr. Geraldo com outro niva, foi até o meio do caminho, o niva morreu, entrei dentro da água e fui ver o problema, era o distribuidor que havia molhado. Sequei o mesmo e ele continuou a sua tragetória.
Depois que todo mundo passou, ficamos entrando e saindo. Eu fui fazendo novas rotas dentro do laguinho, atravessei, voltei, atravessei de novo.... æ o jobinho foi fazer a rota ao contrário, e atolou. Como o jeeptanic já estava dentro da água ele foi rebocar o jobinho, conseguiu atolar mais feio ainda.
Então entrei para tirar os dois, era mais um trabalho para o Bacate Atômico, pois mesmo sem pneus adequados para a situação era o jeep mais preparado.
Ao tentar retirar o jobinho, escutei um crec, crec, crec... quando olharam eu estava com tração apenas na frente, no eixo traseiro o cardãn girava mas as rodas não. Desci para olhar e vi que o meu diferencial havia moído. Soltei o cabo do jobinho, tirei o bacate atômico de dentro do laguinho apenas com a tração na dianteira. Comecei a olhar a situação, o diferencial estava travando as rodas, e freava o jeep. Por um momento pensei em estar lascado.
Resolvi desmontar o diferencial ali mesmo, pois desmontando eu tiraria as peças quebradas e soltaria as rodas. Comecei o árduo trabalho enquanto o resto da turma tentava retirar os outros jeeps.
Após desmontar o diferencial lá no barro mesmo, eu precisava subir com meu jeep no barranco da saída, tentei por umas 3 vezes subir, mas como só tinha tração na dianteira o jeep ia até o meio do caminho, eu embalava novamente e o jeep ia só até o meio do caminho, tomava mais distancia, mais embalo, e só até o meio do caminho novamente. Nesta hora já havia uma camionete silverado tentando retirar os jeeps de dentro do laguinho. Então amarramos ela no meu jeep, e consegui subir o barranco.
Com meu jeep fora do caminho, já dava para os outros jipes descerem e tentar rebocar os jeeps atolados. Descem os dois nivas, amarramos no jeeptanic e começaram a puxar. Os nivas queimaram pneu, embreagem e o jeeptanic nem mexeu pra lado nenhum. Bom, vamos tentar retirar o outro jeep, e foi a mesma coisa, o jeep nem mexeu.
Æ nesta hora, descobrimos que os nivas tem força só pra eles, pra rebocar outro jeep ele não da conta. Com o desespero chegando, fome, sede um sol de rachar e no local não havia uma sombra sequer o pessoal resolveu chamar com guincho para rebocar os jeeps atolados.
Com muita demora chega o guincho polão lá no laguinho da egesa. Tentamos retirar com o caminhão apenas rebocando o jeeptanic, mas ele nem mexeu e o caminhão fritava pneu que era uma loucura.
Resolveram então usar o guincho do caminhão. O jeeptanic foi saindo devagarzinho, devagar, até sair da lama que ele estava. Voltamos a atenção para o jeep DAKOnTA. O caminhão puxa e ele sai do barro. Com o jeeps em cima, na estrada novamente. Voltamos pra casa. O Saldo de baixas do laguinho desta vez foi:
1 jeep com diferencial quebrado - Bacate Atômico
1 jeep com calço hidráulico - DAKOnTA
1 jeep com bateria arriada - Jeeptanic
1 Niva com embreagem queimada - Niva sem nome ainda.
1 Niva alagado, a água do laguinho foi até na altura dos bancos. - Niva também sem nome.
Desta vez filmamos todo o acontecido, e creio que a baixa mais séria foi a minha com o diferencia quebrado. Por um lado foi bom, pois eu queria colocar bloqueio de diferencial mesmo, agora eu aproveito o embalo que tá tudo desmontado e já coloco o bloqueio lá.
A trilha que ia gastar apenas umas 2, 3 horas no máximo nos consumiu o domigo todinho, fui chegar em casa já era mais de 18:00hs, e olha que estávamos marcados de chegar no máximo 12:00hs.
Mas é isso æ, no mais foi tudo ótimo. Foi mais um domingo de alegria, cansaço, sol na cabeça, lama, dificuldades e companherismo da turma. Onde todo mundo estava unido pelo mesmo objetivo.
Agora só nos resta ficar assistindo a filmagem da aventura. E eu particularmente não entro mais neste maldito laguinho, pois ele já me detonou 1 engrenagem da ré, 1 tampa do distribuidor e agora 1 diferencial. Xô pra ele, nunca mais ele vai ter o gostinho de ter o bacate atômico passando por lá... credo.
[]'s cansados, de costas vermelhas, queimada pelo sol.