
Postado originalmente por
Hilux_VV
Olá pessoal,
Depois de um tempo utilizando uma Hilux (a qual sou eterno defensor e pude contribuir um pouco no tópico Hilux Flex), basicamente por uma questão de espaço e necessidade real de um porta malas (que não molhasse nem entrasse poeira) troquei a minha Hilux SRV 4x4 Flex 13 por uma RAV4 2.0 4x4 2014. Vou dividir com vocês minhas primeiras impressões após 1500 KM rodados.
Modelo:
Como gosto de brincar de vez em quando na “terra”, não quis abrir mão da tração 4x4, ou seja, as possibilidades eram as versões mais caras, com o mesmo conteúdo, sendo 2.0 ou 2.5 cuja a diferença é o câmbio tradicional de 6 marchas (a 2.0 é CVT simulando 7 como no novo corolla 2015) e teto solar. Andei e acelerei as duas versões durante test drive e mesmo com o carro carregado não achei que valeria a pena desembolsar quase R$ 10 mil a mais pelo motor e teto solar. Como sou “tranquilo” realmente fiquei em sintonia com o primoroso cambio CVT da 2.0.
Segurança:
Não sei o que acontece com a Toyota quando traz seus veículos importados para vender aqui no Brasil e a ausência SEM NENHUM ARGUMENTO CONVINCENTE de RETIRAR o controle de estabilidade do veículo... Minha HILUX flex também não tinha, sei da importância do item, já reclamei no SAC... Tirando isso, 6 airbags, freios ABS com EBD e BA (detalhe que EBD e BA a Hilux Flex não tem) e cinto de 3 pontos para todos. O carro faz curvas brilhantemente (não dá para comparar com a Hilux) graças a suspensão independente nas rodas traseiras... Poderiam de verdade tirar o aquecimento dos bancos e colocar o ESP...
Dirigibilidade:
O carro é uma delícia de dirigir: andando tranquilo consegue-se um desempenho satisfatório com o giro em nenhum momento ultrapassando 2.000 RPM. Para se ter uma ideia a 120 KM/H são apenas 2.100 RPM. No modo manual, as marchas podem ser trocadas somente na alavanca (senti saudades aqui dos paddle shifters de meu antigo corolla 2012), mas se fizer uma mudança ascendente antes de 2.000 RPM ele não aceita e se quiser reduzir e o giro ultrapassar o máximo, por proteção ele também não deixa. Neste modo, se você acelerar fundo o câmbio funciona como um automático tradicional trocando as marchas automaticamente ao se atingir a faixa vermelha. Essa versão 2.0, como dizia para a minha Hilux Flex, não é nenhum fórmula um, mas de longe é um carro manco. Faz de Zero a 100 na casa de 12.5 segundos e retoma bem. Freios funcionam com precisão e a direção elétrica e leve em baixa e firme em altas velocidades.
Consumo:
O modelo é nota A no programa de etiquetagem do INMETRO e o que está escrito no adesivo é fato: 9,5 KM/L na cidade e 13 na estrada mas já consegui médias melhores do que essa.
4x4:
A tração, diferente da Hilux Flex, é do tipo sob demanda. Em condições normais o carro tem tração dianteira e caso as rodas patinem automaticamente as rodas traseiras entram para ajudar. Esta versão conta com um botão no painel para bloquear os diferenciais mas não tem reduzida como na Hilux: em resumo, onde passava com a minha Hilux passo com a RAV. O maior vantagem da Hilux é sua altura livre do solo (quase 10 cm a mais que a RAV) mas as duas sofrem do mesmo mal (que pode ser consertado) pneus inadequados para o off-road...
Gadgets:
A central multimídia original do carro funciona como um hotspot e compartilha a conexão com um celular: é possível com isso utilizar um browser e navegar pela internet, acessar rádios online, fazer do seu celular uma central de mídia para vídeos, fotos e música. Tudo muito legal, com muita coisa para mexer mas assim como o DVD e outras funções, as imagens só serão exibidas com o carro parado e freio de mão acionado.
Detalhes:
Gosto da Toyota. Gosto principalmente do pós venda. Não quero ter stress com um carro caro durante revisões periódicas e isso o conjunto é impecável – marca + pós venda em minha cidade.
Coloquei o carro no elevador: impressionante o cuidado e reforço do conjunto, proteções, revestimentos, caixas de roda, cabeamento, dutos hidráulicos... É incrível como tudo é rigorosamente caprichado. Provavelmente mérito da fábrica e processos no Japão – o carro é verdadeiramente Japonês – e não vi isso em no corolla de minha esposa e nem em minha Hilux.
Por dentro, arremates bem feitos, ótimos bancos, bom revestimento em couro (estendendo-se inclusive ao painel), excelente empunhadura, bom sistema de climatização.
Seguro R$ 600 mais caro que o de minha Hilux para um veículo quase R$ 20 mil mais caro, não achei de todo ruim.
Com o tempo, posto mais detalhes. Se alguém quiser mais informações sobre o modelo, é só perguntar por aqui que tento ajudar.