Ele é o segundo veículo a diesel, de construção monobloco, que tem capacidade de carga abaixo de uma tonelada e sem reduzida, comercializado no Brasil. Antes dele, a Mercedes lançou o ML 350 cdi 3.6 V6, um belo e moderno automóvel que pesa 2.185 kg (o Korando pesa 1.580 kg), e possui “sistema eletrônico” equivalente ao sistema de redução.
Tanto no Mercedes, quanto no Ssangyong este sistema é o controle de tração. Outra solução criativa foi apresentada pela Agrale com o seu Marruá ao dispensar a caixa de redução e recorrer a uma primeira marcha extremamente curta para compensar a ausência do item, que podem atender a projetos de baixo custo.
Quem sabe em breve veremos os nacionais Jimny, Ecosport e Tucson equipados com modernos motores diesel… A liberação total para veículos diesel se dará em um futuro próximo, por motivos que apresentarei em breve através de artigo neste site.
O Korando é bem construído e apresenta aspecto robusto e durável nas peças de acabamento e manipulação, como as maçanetas. Os bancos forrados em tecido demasiadamente simples não combinam com o modelo; a quantidade de plástico infelizmente está por toda parte e são rígidos demais.
O porta-malas é generoso e o acesso, através de uma tampa com base larga, é relativamente fácil, mas poderia oferecer soluções como a abertura bi-partida do Outlander, diminuindo a altura e facilitando o processo de carga e descarga das bagagens. Faróis e lanternas se encaixam bem no desenho e a iluminação, que reforçam o desenho do carro, parecem eficientes.
Uma solução interessante é o esguicho de água do pára-brisa com um toque, que descobri por acaso ao procurar o botão de comando do computador de bordo, este último instalado no painel, logo acima do comando do ar-condicionado fornece informações triviais como consumo médio e instantâneo no padrão europeu (l/100 km).
Seu motor, com 175 cavalos, é construído pela própria Ssangyong, vibra pouco, menos do que o do Kia Picanto com três cilindros, e é pouco ruidoso, ao contrário do que foi dito na matéria superficial da revista Quatro Rodas deste mês.
No interior do veículo, percebemos o funcionamento do motor como em qualquer outro carro a diesel moderno, não se pode exigir muito de quem não possui parâmetros para avaliação (caso da QR), e isto inclui modelos vendidos no Brasil como Amarok e Freelander equipados com motores que vibram mais e fazem mais barulho do que o Korando.
Concorrentes: com 435 cm, é menor que ix35 (441 cm), Sportage (445 cm), CR-V (458 cm) e RAV4 (463 cm) e com generosos 36,7 mkgf de torque a partir de 2000 rpm consegue ter 50% mais força do que qualquer um dos concorrentes citados, e, enquanto eles se esgoelam a até 4.600 rpm para atingir 20,1 mkgf, o Korando nos oferece esta força a aproximadamente 1.200 rpm.
A condução se dá sem esforço e com baixíssimo consumo de combustível, que chega a 13 km/l na cidade e 17 km/l na estrada! Trata-se de outro estilo de condução, muito mais agradável. Hoje o carro é, de longe, a melhor opção entre os modelos disponíveis da categoria, mas é bom lembrar que na sua versão mais cara, o valor se aproxima do Freelander mais barato, que é um legítimo 4×4 e encara qualquer parada, o que não é o caso de todos os veículos citados neste texto.
Em alguns mercados o Korando substituiu o Action, que deve deixar o mercado em breve, então fiquem de olho, os preços devem baixar, mas se você gostou do Korando, corra e reserve o seu, pois apenas 200 unidades estão disponíveis neste lote. O baixo volume de importação será o alívio dos concorrentes…
Fonte, fotos e vídeos: Novo Ssangyong Korando: confira as primeiras impressões (fotos e vídeos) | Notícias Automotivas - Carros