27/02 – Porto Velho a Assis Brasil, chegamos relativamente cedo, mas mesmo assim a receita já estava fechada. Fomos a Iñapari fazer a imigração para adiantar serviço do dia anterior e depois fomos achar um lugar para ficar em Assis Brasil. Ficamos numa pousadinha bem simples mas muito bacana o pessoal. À noite fomos à Iñapari para comer uma pizza, pois em Assis não achamos nada. Valeu muito, apesar do lugar simples a pizza foi uma das melhores da viagem.
28/02 – Acordamos cedo na esperança de adiantar estrada, mas por um descaso da Receita Brasileira o fiscal só veio dar as caras às 09:30h, impressionante. Tinha um camioneiro que já estava 4 dias esperando a boa vontade do pessoal para ser liberado com uma carga de milho para Puerto Maldonado. Eita Brasil. Após o episódio fomos à Iñapari fazer a Aduana e pegamos a estrada. Chegamos em Puerto Maldonado já no início da tarde, somente abastecemos e seguimos até Quincemil, onde pernoitamos.
01/03 – Saímos cedo de Quincemil, mas nas proximidades de Marcapata ficamos parados umas 2 horas em função de um desmorronamento, até que apareceu alguém da empresa que está construindo a rodovia com um trator de esteira. Rodamos uma meia hora e mais um desmorronamento, desta vez ficamos umas 3 horas parados. Aproveitamos e trocamos muitas informações com uns policiais bem prestativos que estavam dando suporte à operação. Após isso estrada novamente, muita pedra e muita água atravessando a estrada, chovia demais, começamos a subir até chegarmos à um puna, chegamos a 4720mts de altitude. Finalmente chegamos em Cuzco no fim da tarde.
02/03 – Primeira tarefa do dia foi irmos até a agência que fez a reserva da Trilha Inca para acertarmos os últimos detalhes. Tudo ok e agora fomos conhecer Cuzco. Pela manhã rodamos nos arredores da Plaza de Armas e pela tarde fizemos um City tour, foi bacana, mas é aquele negócio de turista, não de viajante, tudo corrido, horários, gente vendendo bugiganga, mas valeu.
03/03 – Passamos o dia passeando pelo Vale Sagrado, passando por Pisaq, Chinchero, Urubamba, Ollantaytambo, etc.
04/03 – Hoje foi o dia do roteiro pelas igrejas de Cuzco, vimos muita coisa interessante, pegamos um guia para nos ajudar em duas delas, foi muito bom. Depois disso fomos rodar em alguns museus e no final da tarde, como sempre, uma Cusqueña.
05/03 – Mais alguns museus, algumas compras, ficamos batendo perna quase o dia inteiro nos arredores do centro. No fim da tarde fomos preparar as mochilas para a Trilha de amanhã.
06/03 – Acordamos às 03:00h da madruga, pegamos um táxi até Ollantaytambo e às 05:30h saímos com o trem. Chegamos ao km 104 por volta das 07:00h. Daí começou a brincadeira, logo uma primeira parada nas ruínas de Chachabamba e daí veio a pedreira mesmo. Para sedentários como nós foi soda, mas também foi muito gratificante, realmente fantástico o caminho, paisagens das mais diversas, uma mais bela que a outra, você acaba esquecendo da dureza da caminhada. Algumas horas depois chegamos em Wiñay Wayna, show de bola as ruínas, um pouco após e chegamos no refúgio, que seria o lugar que acamparíamos se tivéssemos conseguido a autorização, mas como não foi o caso seguimos e em mais algumas horas chegamos na porta do sol (Intipunku) e posteriormente a Machu Picchu por volta das 16:00h. Cara, sem explicação o lugar, chegar nesse lugar mágico depois de 19kms de caminhada pedreira realmente não tem preço. Mas hoje não era o dia de aproveitar as ruínas, logo descemos à Águas Calientes, fomos ao hotel tomar uma ducha, comer e capotar, estávamos quebrados.
07/03 – Machu Picchu, hoje foi o dia de desvendarmos suas ruínas, passamos uma boa parte do dia batendo perna por tudo que é lugar, devido aos joelhos quebrados não arriscamos subir o Huayna Picchu, em compensação foi o dia inteiro subindo e descendo escadas, mas realmente valeu a pena, o lugar é fantástico e tivemos bastante tempo para aproveitar bem o lugar. No meio da tarde descemos até Águas Calientes e logo após o trem até Ollanta, para depois seguir estrada até Cuzco. Aproveitamos o fim de noite para deixar tudo em ordem dentro da viatura, após dois dias bem puxados foi hora de mais uma Cusqueña e um capote na cama.
08/03 – Cedo na estrada, em direção ao vale do rio Colca. Seguindo a orientação de dois policiais e também do guia que nos acompanhou em Machu Picchu, abandonamos a idéia de seguir pelo interior até Chivay, todos nos aconselharam a seguir pelo asfalto, porque a estrada por dentro estava péssima e também não era recomendada em função de risco de assaltos. Chegamos em Chivay no começo da noite, mas resolvemos seguir até Cabanaconde para estar próximo ao Mirador Cruz de Condor logo pela manhã. A estrada estava boa, mas muita neblina.
09/03 – Levantamos bem cedo e fomos logo ao mirador, não tinha ninguém ainda. Conseguimos tirar algumas fotos dos condores. Um pouco depois começaram a chegar as vans dos turistas, andamos mais um pouco pelas trilhas nos arredores e pegamos a estrada. Fomos parando em tudo que é lugar, levamos até o meio-dia para retornar à Chivay, paramos num lugar muito bacana para almoçar e depois pegamos a estrada para Puno, onde chegamos à noite, achamos um hotel e uma cerveja e depois cama.
10/03 – Logo cedo fomos atrás de um passeio para as Ilhas de Uros, pegamos o barco por volta das 08:30 e logo após o meio-dia estávamos de volta. Pegamos a estrada rumo à Bolívia, fizemos a aduana e no fim da tarde já estávamos em Copacabana. Muito legal o lugar, muitos mochileiros, astral bacana, deveríamos ter ficado mais um dia por lá.