Postado originalmente por
cbridi
Olá Sérgio,
Sim, cruzei o Salar em NOV/2006, é super tranquilo, o caminho no sal é melhor do que asfalto, nenhum buraco. Vc consegue fazer tudo em um dia e ainda sobrar bastante tempo. Pernoitei em Uyuni, de manhã fomos no cemitério de trens e caminhamos pela cidade, às 10:30 rumamos para o interior do salar passando por Colchani, pelo museu de Sal e pelo Hotel de Sal (o verdadeiro). Antes das 13:30 estávamos preparando o almoço na Isla Pescado - tem mesas e bancos de pedra e local para depositar o lixo, passeamos pela ilha e às 16:30 terminamos de cruzar o salar. Paramos em um alojamento na borda do salar, esse alojamento foi construído com blocos de sal, as camas, mesas e o piso tbem - e o preço é boliviano, muito barato, uns R$7,00/pessoa. No dia seguinte partimos às 06:00 rumo ao deserto do Silioli / Reserva Eduardo Avaroa, suas lagunas e geiseres - não deixe de visitar!! - chegando em San Pedro do Atacama dois dias depois.
Não sei se é permitido acampar no salar, sugiro solicitar informações nas agências de turismo em Uyuni. Tente contato com a Maria da Cristal Tours (
cristaltours@hotmail.com), ela é gente-fina! Como eu estava sozinho, achei melhor não arriscar e segui um carro deles durante todo o percurso... não se importam, basta conversar antes da partida e nem cobram pelo "serviço"...
Bom, particularmente, vejo alguns motivos para não acampar no salar:
- não tem nenhuma moitinha para fazer as necessidades fisiológicas
, é um pecado "sujar" aquele "mar de sal";
- em dezembro inicia o período de chuvas, o salar fica alagado e não permite a passagem além do Hotel de Sal, em compensação o visual das nuvens refletindo na água deve ser surreal!! Talvez em março o salar já esteja seco... Não sei se é uma boa acampar nessas condiçoes...
Qual o trajeto? Depois do salar qual rumo tomarão?
Cara, essa estrada é sensacional, vc desce de 4.300 para menos de1.700 m.s.n.m em menos de 60Kms, numa sucessão de curvas de deixar neguinho tonto...
No trecho onde o bicho pega é usada a mão-inglesa, quem desce fica na borda do penhasco, motivo: ver onde a roda esquerda do carro está passando qdo cruza por quem está subindo. Em algumas curvas, onde não tem como saber se há alguém vindo no sentido oposto, os bolivianos - em troca de moedas - ficam postados sinalizando se o trânsito está livre, usam uns "pirulitos" gigantes com um lado verde e outro vermelho. O preferência é sempre de quem está subindo.
Passei por essa estrada em um domingo e o trânsito de caminhões era razoável, em dias úteis é ainda maior. Mas isso está com os dias contados, talvez fique como roteiro turístico, está em estado bem adiantado a construção de uma rodovia asfaltada ligando La Paz a Coroico por outro trajeto.
Tem muito, mas muito, turista europeu que faz essa descida de bicicleta... é insano...
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