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    Post NOA e mais na Argentina - Dez/21-Jan/22




    Resumo:


    • 10.280 km no hodômetro.
    • + ou - 130 h no volante.
    • 4 estados brasileiros e 14 províncias argentinas.
    • 28 dias de viagem.


    NOA e mais na Argentina - Dez/21-Jan/22-geral.jpg


    O planejamento inicial nos levava ao Uruguai e havia a intenção de fazermos algo no sul do Brasil também. Mas:
    - O Uruguai foi descartado pelo aumento exponencial dos casos de COVID lá. Esse foi o motivo principal. E algo que mesmo que não houvesse essa explosão da pandemia, consideraríamos não ir ou encurtar nossa estadia, também seriam os preços relativamente elevados que estão sendo praticados no país.
    - As notícias que tivemos sobre a chuva e os problemas associados em MG sugeriam que encontraríamos outros problemas relacionados ao clima no Brasil. E, claro, estávamos cansados.

    Como fiz para o Jalapão, vou dividir as postagens por assunto para facilitar a vida de quem procura algo em específico. E, podendo ajudar em alguma outra dúvida, estou à disposição.

    Abraço,

    Miranda
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  • #2
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    Capítulo 1 - Sobre os Deslocamentos

    BH – Foz do Iguaçu

    Fizemos em dois dias. BH até o interior de SP (Marília) no primeiro e de lá até Foz no segundo. Quanto às estradas brasileiras, não há muito o que comentar. Afinal, as conhecemos bem. Rodamos foi com muita chuva no Paraná. Temporais que potencializam as características dos motoristas: os loucos ficam piores ainda e os medrosos também para o outro extremo. Ambos perigosos. Em viagens maiores ou mesmo as curtas, mas frequentes, a instalação de um uma etiqueta para cobrança automática em pedágios é uma ótima sugestão. Foram 1500 km.

    Foz do Iguaçu – Resistência

    Ainda respeitando a topografia da região, uma parte desse trecho tem estradas muito parecidas com as brasileiras: pequenas retas, aclives, declives, curvas mais fechadas. Os quilômetros iniciais acontecem dentro do parque e há diversos avisos (placas e cartazes) para que se tome cuidado com os animais que atravessam a pista. Vimos mesmo alguns e, por isso, é um trecho que exige atenção (principalmente à noite, imagino). Comprei algumas coisas em Puerto Iguazu para lanche e seguimos. Ah! Quem for usar a estratégia de não abastecer no Brasil e fazê-lo em Puerto Iguazu para economizar, prepare-se para longas filas nos postos e restrições quanto ao volume de combustível que pode ser comprado. Se tivéssemos feito isso, o atraso seria de mais de uma hora tranquilamente.
    À medida que nos distanciamos da fronteira, as estradas começam a se tornar mais “argentinas”. Ainda não como no NOA, mas menos exigentes. Até Posadas, ainda na província de Missiones, muitos radares móveis. Ficam em veículos do tipo do antigo Fiorino ou Doblô encostados em alguns pontos da rodovia com a porta traseira aberta. Não sei se fui multado.
    Nossa intenção era seguir viagem por mais algum tempo, mas algumas obras na pista e muito trânsito ao passar por Corrientes (congestionamentos consideráveis) nos fizeram pernoitar em Resistência, que fica logo depois. Foram apenas 631 km nesse primeiro dia. Adequados para o tempo que tínhamos: uma parte perdido ao atravessar a fronteira e outra nesse trânsito/obras que não foi previsto. Hotel muito bom e com comodidades que ajudam nesse tipo de viagem.

    NOA e mais na Argentina - Dez/21-Jan/22-hotel-r.jpg

    Resistência – Salta

    E então fizemos a RN16 inteira. Centenas de quilômetros de uma grande reta. E percebe-se, sem muito esforço, que tudo vai mudando ao longo do deslocamento: vegetação, estrutura das cidades e de apoio, redução drástica de postos de combustíveis e diminuição considerável do fluxo de veículos. Se depender de restaurantes/lanchonetes/qualquer estabelecimento local, a alimentação pode ficar comprometida. Não é uma viagem cansativa do ponto de vista de exigência de atenção, mas isso traz algum risco: o cuidado com o sono ao volante. Dormir bem na noite anterior e/ou revezar a direção pode ajudar bastante.

    NOA e mais na Argentina - Dez/21-Jan/22-gps-r.jpeg

    Vale observar no canto superior esquerdo a distância até que algo seja feito.

    Salta é linda. A chegada, à noite, já é um show, pois é possível ver a cidade do alto. Foram 800 e poucos quilômetros dessa vez e ficamos alguns dias por lá.

    Salta – Cafayate.

    Na chegada em Salta do comentário anterior, a mudança de relevo e todo o contexto que isso envolve já é perceptível. Mas a viagem até Cafayate é outro show. Passamos pelo Parque Nacional los Cardones, chegamos a Cachi e depois descemos até Cafayate. Não é o caminho sugerido em aplicativos de roteamento. É maior e mais demorado, mas é simplesmente SENSACIONAL. Como essa seção trata só dos deslocamentos, deixo para falar do que vimos depois. Aqui tivemos nosso segundo contato com a lendária RN40 (de próximo a Cachi até Cafayate) e o trecho, quase em totalidade, não é asfaltado. Rípio, terra, areia e pedras em partes distintas. Como a estrada acompanha a encosta das montanhas em muitos trechos, é diversão garantida para quem gosta de dirigir. Atenção para diversos momentos em que a passagem é apenas para um veículo, para as curvas fechadas e sem visibilidade de mão contrária e para as encostas/barrancos/despenhadeiros. Para quem é dos vinhos, já há algumas vinícolas nesse caminho. Destaque para a Colomé, que é um pouco mais afastada, mas tem vinhos excelentes. Vale planejar a ida. Menos de 400 km percorridos, mas que nos tomaram o dia. A velocidade média foi bem baixa. Também ficamos uns dias em Cafayate para conhecer a região e aproveitar os vinhos (talvez não nessa ordem de importância... hahaha).



    Cafayate – Santa Maria – Tafí del Valle

    Esse foi o dia em que erramos. Havia sobrado um dia que não contabilizamos no planejamento e, ao invés de seguir com o destino pensado, “inventamos moda”. Gastamos um tempo bom nas ruínas de Quilmes (vou falar delas depois com calma, mas sugiro fortemente conhecer quem passar por lá), fomos à Santa Maria, retornamos para Amaicha del Valle e seguimos para Tafí. Chegamos no destino final desse dia já no fim da tarde, debaixo de uma chuva torrencial. A estrada que liga Amaicha a Tafí del Valle tem paisagens belíssimas, que só vimos no dia seguinte ao seguir viagem. No dia da chuva, foi tenso, porque não se via muito à frente e as curvas acompanham também a encosta de montanhas. Menos de 200 km percorridos.

    Tafí del Valle – San Juan

    De Cafayate, seguiríamos para Mendoza. A previsão de 13:30 h direto exigia que parássemos do meio do caminho. O erro mencionado no trecho anterior estava aqui. De Cafayate, poderíamos ter parado em alguma cidade do meio do caminho (Tafí não atendia esse requisito) e de lá ido direto para Mendoza. No entanto, San Juan foi escolhido porque já estava próximo de Mendoza e poderíamos chegar lá antes do almoço, como realmente aconteceu. Enfim, esse trecho de Tafí del Valle para San Juan foi cansativo. Não faria de novo. Minha intenção era descer pela RN40 de novo, mas os aplicativos sugeriram outra rota. A 40 está em obras em alguns trechos e esse pode ter sido o motivo do desvio. Ficou como no mapa abaixo.

    NOA e mais na Argentina - Dez/21-Jan/22-tafir-sanjuan.jpg

    A RN150 é uma estrada nova e nos permitiu belas paisagens. Principalmente próximo e dentro do Parque Provincial Ischigualasto. Muito pouco movimentada, passamos mais de uma hora sem ver outro veículo sequer. Mais de 900 km e quase 13 horas no total. Chegamos cansados em San Juan.

    San Juan – Mendoza
    2:30 h e 170 km nesse pequeno trecho. Paisagem bonita e viagem tranquila. Chegamos às 11:30 h no destino. E ficamos por mais de uma semana lá.

    NOA e mais na Argentina - Dez/21-Jan/22-mendoza-r.jpeg

    Mendoza – Laboulaye

    Nosso destino, partindo de Mendoza, era Buenos Aires. Mas, mais uma vez, a distância estava um pouco além do que a prudência recomendava. Paramos nessa pequena cidade e pernoitamos lá. Pouco menos de 600 km de deslocamento.

    Laboulaye – Buenos Aires

    Um trajeto que se inicia com grandes retas novamente e pouco movimento. Com o passar do tempo e proximidade de Buenos Aires no entanto, o trânsito ficou mais intenso, como esperado. Talvez devêssemos ter feito essa última parte em um domingo e não em uma segunda-feira como aconteceu. Talvez tenha sido o dia de mais ultrapassagens de caminhões e afins da viagem em solo argentino nos pouco mais de 500 km de deslocamento. Chegamos ao hotel já mais tarde e, embora ele oferecesse estacionamento (cobrado), não havia vagas de tamanho suficiente para a Ranger, que descansou por alguns dias em um estacionamento 24 h ali próximo.

    Buenos Aires – Dionísio Cerqueira

    Depois de aproveitarmos bastante BA por alguns dias, hora de voltarmos para casa. Mudamos alguns planos. Ao acompanhar o que acontecia na cidade em nossas andanças, vimos que as filas para testagem de COVID e nos hospitais (por motivos diversos, imagino) aumentavam dia após dia. Nas conversas com as pessoas de lá, os relatos de contaminação recente de conhecidos eram constantes e assistindo os noticiários, víamos que nossas percepções eram verdadeiras. Íamos para o Uruguai, mas a situação se repetia por lá. Outro fator considerado foi o custo de uma viagem para o roteiro básico Colônia – Montevidéu – Punta del Este. Estava tudo muito caro. Hospedagem e alimentação dispararam. Enfim, decidimos que íamos voltar.
    A intenção era atravessar o Paso de Los Libres, chegar em São Borja e andar um pouco mais. Mas a viagem pelas estradas argentinas rendeu bem e ao percorrermos os menos de 900 km até essa fronteira, decidimos continuar e atravessar para o Brasil apenas em Dionísio Cerqueira. Eram mais 450 km. Encaramos, embora a pista que, era dupla até o Paso de Los Libres, tenha se tornado simples de lá até a fronteira em Dionísio Cerqueira. Foi nosso maior trecho em um dia.

    NOA e mais na Argentina - Dez/21-Jan/22-dionisio-r.jpeg

    Dionísio Cerqueira – Itapetininga

    Pernoite em Dionísio e fomos até mais ou menos metade do caminho até BH. Deveríamos ter andado mais, mas não sabíamos o que nos esperava no último dia. Enfim, esses 800 km foram bem demorados. Muito trânsito, estradas sem bons pontos de ultrapassagem e comboios de caminhões nos atrasaram bastante. Chegamos tarde na cidade.

    Itapetininga – Casa

    740 km finais. Mas foram os mais cansativos e tensos. Minas estava debaixo de chuva forte já há alguns muitos dias. Choveu o tempo todo entre o hotel e a chegada em casa. Quanto mais nos aproximávamos de Belo Horizonte, mais as condições das estradas pioravam também. Interdições parciais e totais, trânsito lento, buracos, árvores na pista, barreiras que cederam, inundações e transbordamentos de rios. Cenários de filmes apocalípticos. Muito triste. Nos últimos 200 km, vimos dezenas de carros parados nos acostamentos trocando pneus, acidentes e desvios por estradas menores. Ficamos parados em filas por horas e fizemos desvios consideráveis para poder chegar em casa. Foram 5 horas a mais em relação à previsão inicial de viagem. Chegamos cansados demais, mas bem. E é isso que importa.



    Já havia tempo, bastante tempo, que estávamos parados ali. E, se não tivéssemos tratado de voltar, teríamos ficado até o dia seguinte no mesmo lugar. Segue o link que trata da liberação da pista:

    BR-381 e liberada parcialmente na ponte sobre o rio Paraopeba | O TEMPO

    Exceto por esse último trecho, o restante de toda a viagem foi muito tranquilo.

    Postarei o capítulo 2 à frente. Lá, voltarei a falar das estradas, mas nos deslocamentos que fizemos em busca do que a Argentina oferece de melhor.
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  • #3
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    Nós fizemos em 2013 o trecho de Posadas a Salta.
    Foram 1.150 Km´s.
    Sendo que 800 Km´s eram praticamente uma só reta.
    Região pobre, com cabritos soltos na beira da estrada.
    Demandava atenção constante do motorista.
    Apesar de ser reta, cansou bastante.
    Mas, faria tudo de novo!

  • #4
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    Parabéns pela viagem Miranda MG.
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  • #5
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    Sensacional Miranda !!!

    Nas minhas viagens que fiz de moto e carro pra Uruguai, Argentina e Chile, sempre evitei a Ruta 14, optando pelo Uruguai e pelo trecho que vai de Uruguaiana a São Borja, pelo lado Brasileiro, ou passando por cima, pelo trecho Corrientes/Resistência, por causa da policia da ruta 14, que é bem famosa nas redes sociais. No único trecho que já rodei nela, umas 02 ou 03 vezes, entre São Borja e Foz, foi bem tranquilo, pois, dizem que o pior trecho fica em Paso de Los Libres e BA. Como foi sua experiência ? Te pararam ? Inventaram alguma coisa ? Pergunto, porque quero passar por ela na minha viagem do ano que vem, que será RJ/FOZ/Mendoza/Ruta dos sete lagos/ Bariloche/Mar del Plata/BA, voltando ao Brasil pela 14 até Uruguaiana..

    Grande abraço !
    Depois de conhecer desde o Maranhão até o Chile de moto, troquei a moto por uma toyota e tô feliz pra caramba !!!!

  • #6
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    Glaicon,

    Os cabritos, cabras e afins estavam lá. Normalmente próximos dos pequenos povoados que surgem do nada e no nada. Impressionante.

    Quanto a cansar, até vou falar disso em outra postagem, mas foi a viagem em que eu realmente dei valor ao piloto automático. Descansar a perna direita no assoalho é fundamental nesses deslocamentos em que se fica por muito tempo em velocidade constante. Acho que o principal fator de fadiga aí é a monotonia. Não sei se você concorda.

    O maior trecho nosso foi o do último dia na Argentina, quando abortamos a entrada no Uruguai. Acho que foram 1270 km (ou um pouco mais). Mas te entendo quando diz que faria novamente... Hahaha

    Abraço!

    Citação Postado originalmente por Glaicon Ver Post
    Nós fizemos em 2013 o trecho de Posadas a Salta.
    Foram 1.150 Km´s.
    Sendo que 800 Km´s eram praticamente uma só reta.
    Região pobre, com cabritos soltos na beira da estrada.
    Demandava atenção constante do motorista.
    Apesar de ser reta, cansou bastante.
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  • #7
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    Obrigado, Sérgio.

    E contar que a próxima já está nos primeiros esboços... Aumentar a aposta para mais de 15.000 km agora. Vamos ver.

    Abraço,

    Miranda

    Citação Postado originalmente por Sergio c Ver Post
    Parabéns pela viagem Miranda MG.
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  • #8
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    Então, grande Gil.

    Nas próximas postagens, eu estava pensando em tratar desse assunto. Vou te adiantar então e talvez faça uma abordagem mais sucinta à frente.

    Também li sobre isso, assisti alguns vídeos com relatos de pessoas que sofreram com algum abuso e, enfim, também estava preocupado. Mas não era tanto, porque esse trecho que dizem ser o mais crítico não estava nos planos: íamos atravessar para o Uruguai a partir de Buenos Aires e o evitaríamos. Mas...

    Te respondendo primeiro então sobre a 14 e de forma objetiva: nesse trecho entre BA e Dionísio Cerqueira pela 14, fomos parados umas duas ou três vezes. Não tivemos problema em nenhuma delas. Na preocupante RN14, eu até comecei uma contagem de quantas barreiras existiam e depois desisti. Umas 15 talvez. Em algumas, já havia veículos sendo abordados e os policiais estavam ocupados, em outras, apenas os cones e nenhum policial no momento. Enfim, por sorte ou porque as coisas têm mudado para melhor (otimismo?), nenhum problema.

    Considerando todas as abordagens (fomos parados muitas vezes e não consigo sequer arriscar um número, tamanha a quantidade) e não apenas as da 14, a maioria exigia só documentos. Mas tive que abrir caçamba também. E até bafômetro teve. A maioria dos guardas conversava como algo entre a objetividade exigida na profissão e a gentileza. Fiquei impressionado positivamente.

    Uma policial em específico, deu um show: pediu documentos, perguntou para onde íamos e, diante da resposta, ainda deu outras dicas do que poderíamos fazer. Ao final, nos agradeceu por visitarmos o país dela e nos preocuparmos em conhecer sua cultura além do que o turista tradicional faz (isso depois que conversamos e contamos da viagem).

    Outros dois policiais, em abordagens distintas, quiseram saber mais da expedição solo e nos parabenizaram pela disposição.

    Enfim, nada de abusos. Mas fiz minha parte também. Documentação, o "kit argentino", simpatia. Até adesivos refletivos, que vocês podem ver nas fotos, tinha. Detalhe que elas são exigidas para picapes de trabalho apenas, mas o seguro morreu de velho. Final desse ano, colo tudo de novo.

    Abraço!

    Miranda

    Citação Postado originalmente por Gil-RJ Ver Post
    Sensacional Miranda !!!

    Nas minhas viagens que fiz de moto e carro pra Uruguai, Argentina e Chile, sempre evitei a Ruta 14, optando pelo Uruguai e pelo trecho que vai de Uruguaiana a São Borja, pelo lado Brasileiro, ou passando por cima, pelo trecho Corrientes/Resistência, por causa da policia da ruta 14, que é bem famosa nas redes sociais. No único trecho que já rodei nela, umas 02 ou 03 vezes, entre São Borja e Foz, foi bem tranquilo, pois, dizem que o pior trecho fica em Paso de Los Libres e BA. Como foi sua experiência ? Te pararam ? Inventaram alguma coisa ? Pergunto, porque quero passar por ela na minha viagem do ano que vem, que será RJ/FOZ/Mendoza/Ruta dos sete lagos/ Bariloche/Mar del Plata/BA, voltando ao Brasil pela 14 até Uruguaiana..

    Grande abraço !
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  • #9
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    Uma bela viagem. Parabéns.

    Estava em Antofagasta enquanto você devia estar na região de Salta. Mas estava a trabalho. E vim em condição de urgência para acompanhar a operação de minas em MG. A contar pela data da reportagem e do seu relato, passei pela Serra de Igarapé à noite no mesmo dia em que você. Não dava para enxergar dois metros à frente e o trânsito em meia pista devido à interdição de um dos sentidos estava complicadíssimo. Para você que já estava na estrada há muito tempo deve ter sido bem desgastante. Sem contar que se chegou até próximo ao Paraopeba e voltou, acabou passando pelo mesmo caminho na volta. Deve ter desviado por Itaúna.

    Nosso serviço meteorológico nos alertou sobre chuvas fortes do outro lado da cordilheira no NOA. O que você atravessa no vídeo é fluxo pluvial? Essas corredeiras são traiçoeiras porque escavam o rípio. Você entrou onde tinha largura maior para garantir que não estivesse muito fundo, estou certo?
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  • #10
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    Bom dia, Mohammed.

    Sim, a subida e descida da serra estavam terríveis. Ali já é perigoso durante o dia e sem chuva. Do jeito que estava então, nem se fala. A exigência de atenção, somada ao cansaço anterior, pois choveu forte desde SP, e a adrenalina dessa última parte nos deixaram exauridos.

    E quanto ao vídeo, era água de chuva mesmo. As estradas argentinas são preparadas para isso. A depender da região, a estrada tem rebaixamentos ou depressões no asfalto mesmo nos locais em que esses "rios" se formam. Tudo devidamente indicado por placas. Nós já tínhamos passado por vários trechos assim e a lógica (do engenheiro - hahaha) era essa da vazão mesmo: se ela é constante naquele momento, nos locais onde a largura do fluxo é menor, a profundidade precisa ser maior.

    Aproveitando que falou de Antofagasta, você conhece o Socomba? Já atravessou o paso que tem ali?

    Abraço,

    Miranda

    Citação Postado originalmente por Mohammed Ver Post
    Uma bela viagem. Parabéns.

    Estava em Antofagasta enquanto você devia estar na região de Salta. Mas estava a trabalho. E vim em condição de urgência para acompanhar a operação de minas em MG. A contar pela data da reportagem e do seu relato, passei pela Serra de Igarapé à noite no mesmo dia em que você. Não dava para enxergar dois metros à frente e o trânsito em meia pista devido à interdição de um dos sentidos estava complicadíssimo. Para você que já estava na estrada há muito tempo deve ter sido bem desgastante. Sem contar que se chegou até próximo ao Paraopeba e voltou, acabou passando pelo mesmo caminho na volta. Deve ter desviado por Itaúna.

    Nosso serviço meteorológico nos alertou sobre chuvas fortes do outro lado da cordilheira no NOA. O que você atravessa no vídeo é fluxo pluvial? Essas corredeiras são traiçoeiras porque escavam o rípio. Você entrou onde tinha largura maior para garantir que não estivesse muito fundo, estou certo?
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  • #11
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    Citação Postado originalmente por Miranda_MG Ver Post
    Então, grande Gil.

    Nas próximas postagens, eu estava pensando em tratar desse assunto. Vou te adiantar então e talvez faça uma abordagem mais sucinta à frente.

    Também li sobre isso, assisti alguns vídeos com relatos de pessoas que sofreram com algum abuso e, enfim, também estava preocupado. Mas não era tanto, porque esse trecho que dizem ser o mais crítico não estava nos planos: íamos atravessar para o Uruguai a partir de Buenos Aires e o evitaríamos. Mas...

    Te respondendo primeiro então sobre a 14 e de forma objetiva: nesse trecho entre BA e Dionísio Cerqueira pela 14, fomos parados umas duas ou três vezes. Não tivemos problema em nenhuma delas. Na preocupante RN14, eu até comecei uma contagem de quantas barreiras existiam e depois desisti. Umas 15 talvez. Em algumas, já havia veículos sendo abordados e os policiais estavam ocupados, em outras, apenas os cones e nenhum policial no momento. Enfim, por sorte ou porque as coisas têm mudado para melhor (otimismo?), nenhum problema.

    Considerando todas as abordagens (fomos parados muitas vezes e não consigo sequer arriscar um número, tamanha a quantidade) e não apenas as da 14, a maioria exigia só documentos. Mas tive que abrir caçamba também. E até bafômetro teve. A maioria dos guardas conversava como algo entre a objetividade exigida na profissão e a gentileza. Fiquei impressionado positivamente.

    Uma policial em específico, deu um show: pediu documentos, perguntou para onde íamos e, diante da resposta, ainda deu outras dicas do que poderíamos fazer. Ao final, nos agradeceu por visitarmos o país dela e nos preocuparmos em conhecer sua cultura além do que o turista tradicional faz (isso depois que conversamos e contamos da viagem).

    Outros dois policiais, em abordagens distintas, quiseram saber mais da expedição solo e nos parabenizaram pela disposição.

    Enfim, nada de abusos. Mas fiz minha parte também. Documentação, o "kit argentino", simpatia. Até adesivos refletivos, que vocês podem ver nas fotos, tinha. Detalhe que elas são exigidas para picapes de trabalho apenas, mas o seguro morreu de velho. Final desse ano, colo tudo de novo.

    Abraço!

    Miranda
    Miranda,

    O roteiro que planejo pro ano que vem, seria esse abaixo, o total fica em torno de 9400 kms ida e volta. Note que as setas vermelhas são as alternativas que penso em usar, caso as entradas no Chile e Uruguai não estejam muito complicadas ainda, espero que não ! O trecho do Sul do Chile é o que mais me anima, porque não conheço, no Chile conheço apenas o norte de SPA até Santiago, já o trecho do Uruguai é um velho conhecido, pois já fiz algumas vezes de moto e de carro.
    Caso algum dos amigos tenha alguma dica a acrescentar, fiquem a vontade para opinar :

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  • #12
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    Eu te diria "não é possível que ainda teremos algum tipo de restrição de entrada no Chile". Mas a história recente mostra que não é bem assim. Enfim, essa região mais ao sul, sendo Chile ou Argentina é muito, muito bonita. Fui há anos e dirigi um Corsa sedã alugado que rendeu como um 4x4. Você vai ter muito o que aproveitar nessa viagem. Quando pretende ir? Inverno, verão?

    Não tenho sugestões quanto ao percurso, Gil. O básico, que é ir por um caminho e voltar por outro quando possível, você já planejou. Só se lembre de deixar espaço na bagagem para voltar com os vinhos que a cota permite.

    Abraço,

    Miranda

    Citação Postado originalmente por Gil-RJ Ver Post
    Miranda,

    O roteiro que planejo pro ano que vem, seria esse abaixo, o total fica em torno de 9400 kms ida e volta. Note que as setas vermelhas são as alternativas que penso em usar, caso as entradas no Chile e Uruguai não estejam muito complicadas ainda, espero que não ! O trecho do Sul do Chile é o que mais me anima, porque não conheço, no Chile conheço apenas o norte de SPA até Santiago, já o trecho do Uruguai é um velho conhecido, pois já fiz algumas vezes de moto e de carro.
    Caso algum dos amigos tenha alguma dica a acrescentar, fiquem a vontade para opinar :

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