Postado originalmente por
xexelo
13º dia – 09/01/2106 – Sábado
San Pedro de Atacama a Huayllajara – Bolívia (algum lugar entre SPA e Uyuni) ??? Km
Acordamos mega cedo. A van da agência nos pegaria entre 7:30 h e 8 h, mas a ansiedade era tanta que acordei antes do relógio tocar. Toca arrumar as mochilas, uma com roupas e outra de ataque com coisas necessárias do dia a dia.
As 8:00 h a van estacionou e colocamos as bagagens para dentro e partimos rumo a subida até a fronteira com a Bolívia. Saímos de 2400 m para chegar a 4.500 na divisa em pouco mais de uma hora.
Dentro da van já estavam várias pessoas de outros hotéis, hostels etc. Havia uma brasileira lá que por acaso, como viríamos a saber depois, se chamava Marcelle. Na van era uma mistura de línguas como português, inglês, espanhol, suíço e alemão que não dava para entender quase.
Chegamos a fronteira e fizemos a entrada na Bolívia. Uma olhada no passaporte e um carimbo. A seguir, naquele vento frio da altitude, foram montadas duas mesas com café, água para chá, sucos diversos, presunto, queijo, doces, bolos etc, para o café da manhã ou desayuno como eles chamam.
A seguir nos foi indicado qual a viatura iríamos seguir. Pegamos uma Toyota Land Cruiser 4.500 a gasolina com o guia Reinaldo. Um rapaz de seus 25 a 30 anos bem simpático a princípio, mas que teve seus momentos ruins na viagem. Entramos os 6 na Toyota. O banco da frente é o melhor, os do meio mais ou menos, os de trás são péssimos para quem tem mais de 1,65 m. Eu só fui uma vez lá atrás e por poucos Kms. Para grandões como eu é uma tortura ir lá atrás.
Ai começa a aventura propriamente dita. Tivemos que levar mais uma pessoa até a laguna branca, 5 km dali. Um aperto terrível, mas por poucos kms. Laguna Branca, uma parada para fotos. Segue o baile, laguna Verde. Esta sim uma laguna para tirar muitas fotos. Aos pés do vulcão Licancabour. Um visual magnífico.
A seguir paramos na piscina termal, mais uma parada para fotos e para molhar as partes se quiser. Os outros não se animaram a cair na água. Eu pensei “já que estou pagando quero aproveitar tudo”. E lá fui eu para a pequena piscina termal. A piscina deve ter uns 6 por 5 m e estava lotada com turistas do mundo todo. Japoneses, chineses, suíças, mexicanas, inglesas etc. Fiquei apenas uns 10 minutos, pois a galera estava querendo se mandar para a próxima atração.
Seguindo adiante temos o deserto de Salvador Dali, que segundo dizem, inspirou umas pinturas do mestre. Realmente é um lugar que tem um visual singular.
Em seguida fomos aos geisers Sol da Mañana, mas como não era manhã não estavam tão bonitos assim. Imagino com o este lugar seria bonito pela manhã bem cedo!!! Nossos dois professores de geografia, o Edmar e o Adriano gostaram muito dos geisers. O local fica a 4980 m de altitude, que acabou sendo nosso recorde de altitude sem o carro, pois com o carro foi o passo Jama com 4839 m.
Seguimos para os alojamentos onde foi servido o almoço meio tarde. Descansamos um, pouco e fomos a seguir curtir a laguna Colorada.
Uma laguna de cor avermelhada cheia de flamingos de 3 espécies diferentes o andino, o chileno e o de James. Não sei diferencia-los, mas todos são muito bonitos. Ficamos lá uma hora mais ou menos. Depois disso nos levaram de volta ao alojamento onde tivemos um cha da tarde. Ficamos então descansando e nos aclimatando, pois estávamos a 4700 m. Lá pelas 20 hs foi servido o jantar só com comidinhas leves para aguentar a altitude. Neste dia apenas a nossa amiga Érica se sentiu mal e quase não saiu do quarto.
Dormir numa altitude como essa é complicado amigos. O nariz entope e sangra pela secura do ar. Quando estamos andando, qualquer esforço maior causa falta de ar. Vc respira e parece que não vem oxigênio.
Às 10 da noite a luz de gerador é desligada e a gente é obrigado a dormir. Foi um dia mágico e mais estava por vir.