Postado originalmente por
Glaicon
Bom, senhores, passados quatro meses desde o último relato, acabei não terminando a viagem.
Preguiça pura, mesmo.
Quero, então, falar um pouquinho de El Calafate, que foi nosso segundo destino.
Saímos de Ushuaia e pegamos novamente a Ruta 3.
Chegando na balsa do Estreito de Magalhães, a travessia estava suspensa preventivamente por conta dos ventos de 60 Km/h.
Aguardamos pouco mais de uma hora.
Diminuído o vento, a mesma foi liberada.
Chegando em El Calafate, fizemos o check-in num hotel muito bacana, que é a sede de uma fazenda (Estância), com a demonstração de várias atividades campeiras, como o cerco de ovelhas, tosqueamento, trabalhos artesanais com lã, tomar café de bule feito no fogo de chão, bolinhos caseiros, tomar quentão.
Enfim, um final de tarde agradável dentro das próprias cercanias do hotel.
No dia seguinte, com o passeio e transporte já contratado desde o hotel, fomos para o Glaciar Perito Moreno, que fica uns 80 Km´s da cidade.
Já no caminho era possível ver blocos de gelo boiando pelo lago.
Muito bacana.
Mas chegando no parque, aí sim, a beleza era absurda.
Aquele frio intenso de frente pra geleira, vendo pedaços de gelo caindo e fazendo um barulho enorme, era demais.
Mesmo de longe o barulho parecia de trovão, mesmo sendo pedaços pequenos.
Incrível.
Em seguida fizemos o passeio de barco próximo da geleira.
Muito legal. Recomendo.
Existe ainda a possibilidade de se fazer o passeio de caiaque ou trilha sobre a geleira.
Estes dispensamos, pois minha esposa tem restrição para esforço físico.
Mas deve ser incrível caminhar sobre o gelo, sabendo que o mesmo já é formado há décadas e caminha lentamente das montanhas até desabar no lago.
Encerrado o passeio, voltamos pra cidade.
Visitamos o museu do gelo.
É um local muito bacana, contando a história da região ao longo do tempo.
Recomendo.
Depois de três dias na cidade, iniciamos a operação volta pra casa.
Apesar de a recomendação dos viajantes ser nunca retornar pelo mesmo caminho, optei por isto, pois não queria pegar estrada de rípio.
Então, a lógica era se manter na Ruta 3, até quase Buenos Aires, contornando a divisa com o Uruguai e entrando em Uruguaiana.
No caminho paramos em Punta Tombo, a maior reserva natural de pinguins, onde eles se mantêm para acasalar e criar seus filhotes.
Local com paisagem lunar, cheio de buracos junto aos pequenos arbustos, com casais de pinguins e seus filhotes.
E ainda tinha guanacos convivendo harmoniosamente com eles.
É sensacional ver os bichinhos passeando tranquilamente pelo seu lado.
Valeu muito.
Resumo da viagem: 10.900 Km´s rodados, diesel mais caro que a gasolina, desisti de fazer médias de consumo já no segundo dia, mas deu tudo certo.
E deu tão certo que, próximo sábado, Mendoza!
Nós, partindo daqui e, nossos parceiros Marcos, Patrícia e crianças, saindo de Maringá.
Nos encontraremos em Posadas, como na viagem de 2013.
Será a primeira viagem deles desde o acidente em 2014.
Então, a expectativa é muito grande.
Que dê tudo certo!
Seguem algumas fotos.