Acho que nos últimos tempos, com os veículos mais modernos(motores), estamos todos com um certo temor de enfrentar estradas/roteiros algo mais distantes de nossa rotina do dia a dia.
Também estou preocupado com o fato do acontecido com você Paulo, mas deve-se levar em conta que o veículo lhe possibilitou ir, por seus próprios meios, até a oficina, e isso é relevante, uma vez que tenho lido no fórum, junto aos possuidores do Land Rover Discovery diesel, de que quando dá problema com o combustível, o carro, praticamente, é levado para a oficina rebocado ...
Com minha ex-GSTD2001 já estive na estrada, via Ruta 40 argentina, via Carretera Austral chilena, noroeste argentino, e boa parte do brasil, ‘solito’ (só um carro), mas quando chegou a oportunidade de ir ao Peru via Acre, pelas porções das amazônias brasileira e peruana, com subida da cordilheira andina até perto de cuzco em uma estrada precária (estavam fazendo a transoceânica), tremi as bases : e se me acontecer alguma problema de saúde ou mecânico com o carro, naquelas paragens: o que vou fazer ?? E com esse pensamento, entrei numa dessas empresas de expedições, e pode apostar que alguns dos outros companheiros que também participaram, com o mesmo objetivo, mais tarde agradeceram por terem tido a mesma idéia... O roteiro ainda passou por SPAtacama/Salta/Foz do Iguaçu/etc. Eis um resumo dos ‘pepinos’ ocorridos para mostrar que não é tão ruim ir em grupo( de 09 ), como está imaginando, principalmente pelo apoio obtido :
-2 Defender 4 portas (um deles apresentou disfunção na direção hidráulica devido ao frio excessivo nas alturas/proximidades do vulcão Licancabur, e o outro ficou ‘sem bateria’ na saída da aduana argentina, antes da entrada em Foz do Iguaçu );
-1 Defender 2 portas (já no trecho inicial da viagem para ele, entre Brasília e Cuiabá, ocorreram dois ‘estouros’ de motor, devido à correia dentada, de tal modo que o carro foi ‘abandonado’ em Cuiabá, na oficina, e o casal proprietário foi de avião juntar-se ao grupo em Cuzco-como tripulação de 1 dos Def 4 p.);
- 2 Troller 2007(apresentaram percalços alternadamente entre os dois com eixo comando de válvulas/soltura da proteção do carter/quebra de coxim do motor/rolamentos de rodas/pneus furados/etc.);
-1 Toyota SW4 1999(devido à particular ‘pauleira’ nas estradas cheias de buracos/costeletas, soltaram-se faróis e bateria);
-1 Rav 4 2007(parte inferior’ralada’ no trecho ainda não asfaltado da Rodovia Transoceânica peruana até Cuzco, onde então teve substituídos seus componentes danificados.);
-1 Gran Sportage TD2001(perda de ação do comando central do vidro traseiro esquerdo, a partir do motorista, devido à excessiva trepidação oriunda da buraqueira existente na subida da cordilheira dos Andes, somente operando diretamente o comando da própria porta) – e meu carro à época;
- 1 Honda CRV 4x4 2007 ( nada a reportar ) .
Enfim, para evitar dissabores, resta essa opção das empresas de expedição !!
(e não que tenha gostado especialmente do fato de ter tido que dirigir vários dias noite adentro-até 21h30/22h- ou ficar acordado durante 23h direto, dirigindo no trecho em obras da subida da cordilheira peruana das 18 h até as 06h da manhã-rezando para chegar lá antes de ser fechada a estrada novamente para as obras durante o dia, a fim de não ficar ‘preso’ ali e ter de esperar de novo até às 18h, fato que inviabilizou o fito inicial que seria ir por ali para conhecer a cordilheira, mas de dia (!!); resumindo: foi como se eu não tivesse ido !!!! )
A propósito do pajero sport li:
# que ele já teve descontinuidade na produção;
# (li e ouvi) : grande incidência de sobre-aquecimento do motor, em especial nas alturas dos andes, ou mesmo indo à patagônia (e consumo alto) !
Paulo, faço coro com o 6420 e sugiro pensar um pouco mais antes de sair do Kyron!!
Abraços.