Quando a Volkswagen lançou a Amarok, há oito anos, as expectativas para a picape eram bem expressivas. A intenção era rivalizar com as picapes médias com boa aceitação. Primeiro se concentrou no mercado da América Latina, já que sua produção se iniciou em General Pacheco, na Argentina, e depois ampliou o foto para outros países – hoje ela também é fabricada na Alemanha e na Argélia. A participação no segmento cresceu devagar, um pouco também pela lentidão da própria montadora, que levou três anos para oferecer transmissão uma transmissão automática para o famigerado motor turbodiesel 2.0 de quatro cilindros. Dois anos depois, no entanto, a descoberta de fraudes em testes de emissões de motores diesel da marca, o Dieselgate, manchou a reputação da marca e, consequentemente, da própria Amarok. O novo motor V6 3.0, também turbodiesel, que chega agora para ampliar o line up da picape e tentar virar esta página da história da Volkswagen.
O motor V6 TDI de 3.0 litros chegou em 2016, na Europa, e foi acoplado a uma transmissão automática de oito velocidades. Com injeção direta common-rail de combustível e turbocompressor de geometria variável, o propulsor tem acionamento dos comandos por correntes, que dispensam manutenção, e circuitos separados de arrefecimento para cabeçote e bloco – o que melhora o gerenciamento da temperatura. A potência é de 225 cv na faixa de 3 mil rpm a 4.500 rpm e o torque chega a 56,1 kgfm, entregue já a partir de 1.500 rpm e mantendo-se pleno até as 3 mil rpm. Em relação ao 2.0 biturbo que ainda equipa as versões SE, Trendline e Highline, ganho chega a 25% em potência – são 45 cv a mais – e 31% no torque, o que representa 13,3 kgfm. Há bloqueio eletrônico do diferencial e o sistema de tração é permanente nas quatro rodas, que calçam pneus 255/55 R19, com rodas de liga leve de 19 polegadas.
Tecnologicamente, a Amarok 3.0 evoluiu em mais direções além do trem de força. Além do sistema ABS off-road, que favorece a frenagem em solos como terra ou cascalho, os freios são a disco nas quatro rodas, 332 mm de diâmetro nos dianteiros e 300 mm nos traseiros, com cobertura interna para evitar acúmulo de sujeira – característica focada nas atividades off-road. De série, o modelo traz sistema de frenagem automática pós-colisão, que baseia a detecção pelos sensores dos quatro airbags presentes, frontais e laterais.
Controle eletrônico de estabilidade, sensores de estacionamento, câmara de ré, assistente de partida em aclives e de descida e controle de tração também entram nessa lista, além de indicador de perda de pressão dos pneus. Quanto aos airbags, frontais e laterais estão no pacote inicial, junto com faróis bixenônio com luz de condução diurna em leds e sistema Isofix para fixação de cadeiras para criança no banco traseiro.
Tendência entre picapes médias atualmente, confortos de carros de passeio aparecem na picape. A central multimídia tem tela colorida e sensível ao toque de 6,3 polegadas, leitor de CD, duas entradas SD, Aux in e porta USB, além de conexão Bluetooth e GPS com atualização periódica gratuita da base de mapas durante toda a vida do veículo. Volante multifuncional e com aletas para trocas manuais de marcha, bancos revestidos em couro e ajustes elétricos para os passageiros da frente complementam a experiência a bordo. O preço, porém, não chega a ser muito convidativo: são pedidos R$ 187.710. Mesmo assim, o primeiro lote enviado para o Brasil, de 450 unidades, já foi todo vendido.
Primeiras impressões
Cidade do México/México – Indubitavelmente, a Volkswagen Amarok é um veículo orientado para o trabalho. Mas a versão topo de linha, com motor V6 3.0, carrega algumas amenidades que a deixam com um ar mais de SUV do que propriamente de picape. Por dentro, há materiais de todos os tipos, desde os suaves ao toque e com uma aparência de modelo premium até os plásticos baratos e rústicos, além do estofamento dos assentos em couro sintético.
A habitabilidade na frente é muito boa e a cabine é bem confortável para motorista e passageiro. Atrás, pode-se dizer que simplesmente cumpre sua função. Em respeito à conectividade, a Amarok oferece compatibilidade com os sistemas Android Auto e Apple CarPlay. Graças à conexão com fio, é possível espelhar a tela de telefones na central com 6,3 polegadas.
Em terreno pavimentado, o torque é inesgotável e a velocidade aparece conforme se pisa o acelerador – e nem é necessário colocar tanto peso no pé direito. O motor é bastante silencioso, considerando que se trata de um veículo alimentado por diesel. No painel de instrumentos, há uma tela pequena que, entre outras informações, exibe qual das oito velocidades da transmissão está acoplada. A grande força do torque e a facilidade de aceleração chega a fazer com o que o motorista esqueça de que se trata de um modelo com cerca de duas toneladas de peso. Aliás, dá até para puxar um trailer com uma carga semelhante à sua própria massa – se o reboque tiver sistema de freios independente, o peso pode subir para três toneladas.
O motor turbodiesel de 3,0 litros, importado da Alemanha, tem 225 cv e torque de 56,1 m.kgf, suficientes para acelerar de 0 a 100 km/h em 8 segundos e alcançar 190 km/h com a caixa automática de oito marchas. Ganhou 25% em potência e 31% em torque em relação ao de 2,0 litros.
A tração integral permanente continua com sua divisão 40:60, sem função reduzida e com sistemas de controle de descida e diferencial traseiro autoblocante da Torsen.
Agora sim.
Sempre achei a Amarok uma pick-up interessante, mas nunca a tinha considerado como opção devido a não gostar de motores de baixa litragem.
Torço pra que faça sucesso e estimule as outras montadoras a reverter a tendência de downsizing. Afinal, quem gosta de motorzinho ...
Em tempo: bem que a VW poderia lançar um bom SUV nesse chassi.
Walter, como dizem, se downsizing fosse bom, os buldozers(tratores de esteiras) Caterpillar já tinham adotado há muito tempo heheheh. Imagina um trator de esteira empurrando uma montanha de terra com um motor de baixa cilindrada...fervia e explodia tudo em poucos dias....
Agora sim.
Sempre achei a Amarok uma pick-up interessante, mas nunca a tinha considerado como opção devido a não gostar de motores de baixa litragem.
Torço pra que faça sucesso e estimule as outras montadoras a reverter a tendência de downsizing. Afinal, quem gosta de motorzinho ...
Em tempo: bem que a VW poderia lançar um bom SUV nesse chassi.
Este negócio de picape média com motor 4 cilindros é complicado.
Tenho uma Hilux SW4 2012 e uma Grand Cheroke CRD 6 canecos 2009, ambas diesel... a diferença entre o quatro e seis cilindros é simplesmente abissal.
Se eu vender as duas, eu pego este tanque V6 da VW zero...
"Levando em conta, ainda, que a S10 High Country (2.8 turbodiesel) sai por R$ 185.990 e a Toyota Hilux SRX (2.7 turbodiesel, 160 cv) cobra R$ 193.270, constatamos que a Amarok V6 chega como uma opção bastante interessante..."
Ainda tem maluco que deixa de pegar uma Amarok V6 por 185 mil pra pagar 193 mil numa Hilux SRX?... sério?...
Só corrigindo sua informação, a Hilux SRX é 2.8cc e tem 177cv.
Postado originalmente por cemecor
"Levando em conta, ainda, que a S10 High Country (2.8 turbodiesel) sai por R$ 185.990 e a Toyota Hilux SRX (2.7 turbodiesel, 160 cv) cobra R$ 193.270, constatamos que a Amarok V6 chega como uma opção bastante interessante..."
Ainda tem maluco que deixa de pegar uma Amarok V6 por 185 mil pra pagar 193 mil numa Hilux SRX?... sério?...