GURGEL X12 - projeto e modificações

[Felipe Calé Duarte]

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Fala pessoal, fique uns tempos afastado mas estou de volta.


Estou pretendendo modificar um Gurgel X12 (por favor não me chamem de louco!) é que eu gosto de coisas meio trash!

Pontos positivos ao meu ver:
- mecânica de gaiola tudo se encontra mec. VW;
- fibra , quebrou conserta;
- já vem com o selectrion - seleção para travar uma das rodas traseiras quando em atoleiros;
- baixo custo de aquisição ninguém quer essa porcaria;
- todos que olharem vão falaar: Puta que mau gosto! Eu não teria coragem!hehehehe

A idéia é levantar as susp. como o da foto, colocar um pneus 33", motor AP carburado mesmo e detonar no barro.

No momento estou a procura de um, preferência para o Tocantins a partir de 88.

Abraço a todos.

[LucianDaRolt]

cara... vo te fala
apesar de tudo!
eu ate q gostei da tua ideia heheheheheh

é um veiculo muito exotico por sinal, totalemente brasileiro e deve ficar com um ralação peso x potencia muito boa!

entre uma gaiola e esse Gurgel X12, ficaria com nenhum dos dois, mas em todo caso o Gugu ganha!

pregale fogo ai no teu projeto e depois mostre pra nois ai!

abraçO

[Felipe Calé Duarte]

LucianDaRolt,

Valeu pela força e pelo post.

De início estou procurando um X12 para aquisição, mas o pessoal está pedindo acima de 8 mil aqui em SP.

Mas não irei desistir a meta é de até o fim do ano conseguir montar o danado.


Abraço.

[Marcelo A. Marchiodi]

Que tal um desses!!!

[Luciano SHAKALL]

Que tal um desses!!!

Bonitinho mesmo, hehehe... O mais legal, é que o título da foto é "PUMA"... apesar da mesma mecânica, a diferença é grande.... .

A título de curiosidade: Lí em uma reportagem antiga, que o Gurgel, pra ser homologado como viatura militar (como esse parece ser), foi inicialmente "reprovado" devido a sua carroceria de fibra, que, ao ser EXPLODIDA (!), liberava estilhaços não detectáveis em raio-X (caso um soldado fosse atingido). Foi adicionado um material à composição da fibra (acho que a reportagem falava qual, mas eu não lembro, hehehe ... ) , que reagia aos raios-X, contrastando nas radiografias e sendo então, detectado.

[Felipe Calé Duarte]

Com um desses o primeiro lugar que eu iria não seria para uma trilha e sim para Brasília... hehehehehe

[Sukys]

Luciano,

Fosse assim, também existiria algum material opaco ao raio X na composição dos vidros, parabrisa por exemplo, que pode encher o "reco" de estilhaços numa simples cabeçada, quem dirá com uma explosão por perto.
Por outro lado, fiapo de fibra costuma gerar uma baita inflamação, pelo menos pra mim, não sendo difícil identificar a localização de qualquer fiapo, além do mais, se a explosão for grande o suficiente para mandar fibra lá pras entranhas, não deve ter sobrado muita coisa inteira que justifique o empenho. Não é assim na guerra?

Nunca ouvi falar desta história sobre a fibra e acho isso pouco provável, mas em todo o caso, o meu X15 é da versão militar, e da próxima vez que for ao dentista vou espetar uma lasca de fibra na gengiva. Se aparecer na radiografia, bingo, se não aparecer te mando a conta da cirurgia de extração do maxilar.

Sds,
Sukys

[Luciano SHAKALL]

Nunca ouvi falar desta história sobre a fibra e acho isso pouco provável

Sukys, eu li isso em uma revista antiga (não lembro qual: acho que era uma "Fusca & Cia" mas não tenho certeza - a revista não era minha...). Fui procurar na net pra ver se achava algo a respeito, e achei esse link da 4-Rodas que menciona esse "lance" da detecção da fibra nas radiografias: http://quatrorodas.abril.com.br/clas...o_150300.shtml
(3º "parágrafo")

[Marcelo A. Marchiodi]

Essa história de colocar contraste na fibra é verdadeira, pelo menos foi afirmada no livro do Lélis Caldeira, "Um sonho forjado em fibra".
Ele diz que o próprio João Gurgel consultou um médico sobre isso, depois da recusa do Exército em usar seus veículos, então o médico sugeriu que ele misturasse o constraste de raio X na resina. Pelo menos é o que consta no livro.

[Sukys]

No texto da QR, consta "...Gurgel passou a desenvolver um pigmento que fosse "visível", mas não prejudicasse a resistência do material." o que realmente indica este tipo de preocupação mas não informa se a idéia de fato prosperou e foi aplicada.
Dentre centenas de desenvolvimentos, "seu" Gurgel também falou sobre o Transa, veículo 6X6, que chegou a ser apresentado (mock-up?) e no entanto...
Tenho um razoável material sobre a Gurgel acumulado em revistas e nunca li nada do tipo, também enchi muito o saco do pessoal lá da Gurgel Trade Center (na época trabalhava quase ao lado) e nunca ouvi falar dessa história, mas se estão falando que existiu, então existiu.


Ainda sobre esta matéria da QR, quem escreveu o texto não deve ter feito pesquisa no próprio acervo, já que o texto "Em 1966... ele (o Ipanena) foi embrião para aquele que viria a ser o mais longevo carro da Gurgel, o jipinho Xavante" complementado por "...Testado por QUATRO RODAS ainda em fase experimental, em 1973, o jipe tinha o motor 1300 do Fusca."

A própria QR, em Outubro de 66, fez matéria sobre a Gurgel, que nesta época já oferecia A VENDA quatro versões do mesmo carro, Augusta, Ipanema, Enseada e Xavante, com opcional de motor 1.200, 1.300 e 1.500 cc.
Só isso já demonstra pouco intesse em pesquisar sobre o carro mas, tudo bem, embora parecidos o Xavante 66 ainda usava plataforma de Fusca, dou um desconto.
Só que o Xavante passou a ter chassi próprio no final de 70, e a própria QR fez matéria sobre isso na edição 137, de Dezembro de 71, e já em 72 existia, de série, a opção para motor 1.600 cc., como pode ser comprovado nesta própria revista, na edição de Janeiro de 72.

Fase experimental com motor 1.300 em 73... o escambau, vai pesquisar em revista velha antes de falar besteira, ô meu!

O Brasil realmente é um país onde não se dá valor a história, quem dirá sobre a história automobilística, e particularmente há muito deixei de ler a QR porque não vejo mais esta revista como uma edição voltada ao automobilismo e sim voltada ao marketing das montadoras e anunciantes.

Saudades da finada Motor Três...

Sds,
Sukys

[Luciano SHAKALL]

Eu realmente não conheço a fundo a históra da Gurgel - nem sei o nome de todos os modelos fabricados, hehehe - , mas nutro imenso respeito - e admiração também - pelo Sr. Amaral Gurgel, inventivo e persistente...

"...Gurgel passou a desenvolver um pigmento que fosse "visível", mas não prejudicasse a resistência do material." o que realmente indica este tipo de preocupação mas não informa se a idéia de fato prosperou e foi aplicada.

Acho que deve "ter dado certo" e ter sido aplicada, afinal, vários Gurgeis foram vendidos pro exército (se eu não me engano, marinha também)...
Postei a historinha da fibra, porque achei interessante e acreditei nela, se for um "engodo", eu tambem fui "enganado"...

há muito deixei de ler a QR porque não vejo mais esta revista como uma edição voltada ao automobilismo e sim voltada ao marketing das montadoras e anunciantes.

REALMENTE! Concordo com você!
Eu não cheguei a conhecer a Motor Três (vi umas edições - antigas, lógico hehehe - pela internet) mas, mesmo antigamente, eu preferia (e comprava na época, com a minha "mesada", rsrsrs) - uma revista chamada Oficina Mecânica. As 4-Rodas que eu tenho (exceto algumas que eu comprava por uma reportagem específica) era meu pai que me dava, e, vez por outra, ainda hoje, meu pai aparece com uma pra mim...

vai pesquisar em revista velha antes de falar besteira, ô meu!

Calma! Amigo..., amigo...
.

[Sukys]

Calma! Amigo..., amigo...

Grrrr... au au!

A crítica não foi dirigida a nenhum participante e sim a quem escreveu a matéria lá do site da QR. E pensando bem, o dito nem deve ter feito pesquisa. Escreveu mais ou menos o que ouviu do dono do X12 88 e mandou bala.
Padrão QR de reportagem... é bem o estilo!

Gurgel na marinha? Sei não, talvez, mesmo porque teve Gurgel em tudo quanto é versão, até rabecão "papa-defunto", mas da aeronáltica lembro ao vivo e em cores. Idos de 70, quartel perto do bairro do Cambucí, Ipiranga, sei lá o nome certo do bairro. Era um barato ver o Xavantinho azul com um reco no volante, pensando que estava voando baixo dentro de um cockpit de "tê meia" da esquadrilha da fumaça! Bons tempos em que se brincava muito com pouca coisa...

Sobre a Gurgel sempre houve muita história e muita estória, o próprio "seu" Gurgel usava isso como marketing, de forma irretocável, mas com o passar do tempo vai ficando difícil separar o que aconteceu de fato e o que não passou de idéia. Isso é assim com tudo e ponto pra Gurgel, que se não chegou a implementar a fibra opaca ao raio X pelo menos pensou na idéia.

Oficina Mecânica também foi outra ótima revista, que mudou o enfoque porque mecânico da época preferia ter poster da revista Ele & Ela ao invés de informação técnica, mas hoje em dia a coisa mudou... nem existe mais poster para diminuir a raiva de cliente puto da vida!

Melhor eu voltar pro meu trabalho senão começo a falar coisa que ALGUNS mecânicos não gostam de ouvir...

Sds,
Sukys