De Niva de novo!

[mauricio_silva]

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Alguns anos atras comprei um jogo de roda com pneus para meu Niva
Jogo de pneus estava em Santos e veio para Campinas pelo onibus
foi embalado com plastico bolha vendedor envio eu retirei na rodoviaria

Freitas

Olá.

A opção de usar um ônibus para transportar os pneus foi a primeira idéia que tive. Mas não encontrei uma empresa que realizasse o serviço...
[]s.

[mauricio_silva]

Entre tapas e beijos, agonia e extase, parece que me entendi com a transportadora. Os pneus tem previsão de chegada a São Paulo em 21/10/2014. E no endereço que eu pedi.
Vamos aguardar antes de sair comemorando... Mas eles estão vindo!!!
[]s.

[mauricio_silva]

No dia 10/10 fui até a oficina em São Paulo para pegar o Niva. Ele tinha ficado lá desde o dia 19/09. O Wilson deu uma bela geral no carro, trocando o que estava ruim e ajustando o que fosse preciso. Além disso, deu uma geral na parte interna, consertando os cintos de segurança e fazendo (literalmente) travas para os bancos traseiros. Além disso, mexeu um pouco na parte elétrica do carro (fazendo os esguichos e os limpadores funcionarem). Freios regulados, assim como a embreagem, mangueiras trocadas, fluídos substituídos e radiador com água limpa, o Niva estava pronto. Ele mesmo me avisou que ainda faltavam algumas coisinhas na parte elétrica, mas que o carro estava em condições de viajar para São João da Boa Vista.
Depois de almoçar com alguns amigos, era hora de voltar para casa da minha mãe, na zona norte da cidade. Trajeto escolhido (óbvio): ligação norte-sul (Rubem Berta, 23 de Maio, Tiradentes). Descartei a marginal, porque ainda não conhecia o carro. Somente tinha dado uma volta no quarteirão. O motor respondia bem, os freios cumpriam seu dever. A direção era extremamente pesada, combinação de caixa de direção original e pneus maiores que a medida padrão (175/80 R16). Faróis, setas e lâmpadas indicadoras funcionavam perfeitamente.
E lá fui eu. Pegando a 23 de Maio, me lembrei da característica típica das sextas-feiras paulistanas: o trânsito infernal. E lá fui eu, na base do "para e anda". Uma hora depois, mal tinha andado 10km e ainda estava na 23 de Maio. A temperatura do motor, que estava subindo, já quase batia no final da escala do marcador.
Pouco antes do Viaduto Pedroso (depois do Viaduto da Beneficência Portuguesa), num dos momentos de "anda e para", o carro morre. E não pega mais. Eu estava na pista da esquerda, tentando fugir do tráfego para a zona leste. Tentei dar a partida uma, duas, várias vezes. Nada do carro pegar.
Menos de um minuto depois, aparece um "marronzinho" (funcionário da CET) de moto. - Vamos jogar o carro no canteiro, vamos jogar o carro no canteiro! - indica ele. Rapidamente, com ajuda de uns vendedores ambulantes do local, o carro é empurrado para cima do canteiro central da 23 de Maio. - Agora você aciona o seguro. - me indica mais uma vez o "marronzinho". - Eu não tenho seguro, por favor peça para uma picape da CET vir me ajudar! - pedi. Se ele me ouviu, não mostrou qualquer indicação. E lá se foi, provavelmente com a sensação de "dever cumprido", me deixando no meio do canteiro com o carro sem funcionar.
Um dos ambulantes chega perto de mim e avisa (quase como uma ameaça): - Melhor você sair logo daqui, pois depois de anoitecer fica muito perigoso!
O meu "smartphone" é um verdadeiro devorador de carga de bateria. Eu estava com menos de 5% da carga, suficiente para uns três telefonemas, no máximo. Liguei para uns amigos, pedido socorro e que mandasse um guincho, pois não sabia se somente uma carga de bateria seria suficiente para fazer o Niva andar (eu já tinha tentado faze-lo pegar no tranco, sem resultados). Na sequência, o celular morre, da mesma forma que o carro. Eu estava incomunicável.
Fiquei pensando o quê fazer. Tentei pedir ajuda para os outros motoristas, pois o trânsito continuava pesado. Recebi palavras solidárias e só. No máximo, uma chamada para a CET. Tentei parar um guincho de seguradora. Mas fui ignorado, apesar da minha insistência. Entrei no carro para esperar, imaginado que alguém ainda poderia vir me ajudar.
De repente, uma pessoa começa a bater na janela do carro. Era um rapaz, de uns 17 anos, no mínimo. Ele tinha uma expressão ameaçadora e falava: - Tio, passa o que você "tiver" para cá!
Disse que não tinha nada, apenas um carro com defeito, como ele mesmo podia ver. -"Vamo", Tio! Passa o que você tiver!
Sai do Niva, gritando que nada tinha. O rapaz se afastou. Foi então que percebi que estava cercado por outras "crianças". Eram umas dez, no mínimo.
Se eu desse algum dinheiro para eles, provavelmente a turba toda cairia sobre mim, levando carteira, mala de viagem (tinha chegado aquele dia a São Paulo, de ônibus) e o que mais conseguissem carregar. Fiquei do lado de fora, encarando uns e outros. Não sei se por medo ou pena, eles se mantiveram a distância. Na 23 de Maio, vi chegando uma viatura da Rota.
Corri para a beirada da pista, gesticulando e gritando por socorro. O grupo dispersou e sumiu da minha vista. A viatura parou.
Pedi ajuda para os policiais, explicando a minha situação. O soldado me disse que eles estavam indo atender a uma diligência e que não poderiam ficar ali. Pedi que chamassem outra viatura, pois eu estava na iminência de ser assaltado. Ouvi uma desculpa e o soldado disse que não poderia fazer nada. A viatura saiu cantando pneus. Pelo menos, o grupo se dispersara. Eu estava sozinho.
A tarde já tinha virado noite, mas o trânsito continuava pesado no sentido da zona norte. - Vou pegar minhas coisas e largar o carro! - pensei. Mas teria de atravessar a 23 de Maio para chegar a calçada (naquela região, a avenida é murada, dificultando qualquer acesso à pé) e subir um acesso para a Rua Vergueiro. O local não era nada convidativo e eu ainda correria o risco de ser assaltado. Além disso, o carro seria completamente perdido (depredado pelos "locais"). Era uma situação do tipo "se correr o bicho pega; se ficar, o bicho come".
Do nada, aparece um Voyage antigo, que sobe no canteiro e para do meu lado. Não reconheci no momento o amigo mecânico, que eu telefonara mais de uma hora antes. Confesso que demorou uns instantes até "cair a ficha": tinha alguém para me ajudar!
Ele perguntou o que tinha acontecido. Rapidamente, pegou uma bateria reserva no porta-malas do Voyage e colocou no Niva. O carro pegou, finalmente!
-Vamos embora! Rápido! - disse ele. Entre parar e trocar a bateria, não tinham se passado mais do que dois minutos. Com o carro funcionado, voltei a pista da 23 de Maio. Mesmo com a temperatura subindo novamente, consegui chegar a casa da minha mãe. Eram quase 21:00hs.
No dia seguinte, passei na oficina para agradecer (e pagar) "meu salvador". Ele disse: - Eu lhe salvei de uma boa. Você não reparou que havia um monte de gente na sombra de uma árvore a uns 10 metros do carro? Eles estavam se preparando para te pegar! - Provavelmente era o grupo que mais à tarde havia me cercado.
Naquele mesmo dia, troquei a bateria do Niva por uma de primeira linha (a bateria velha era daquelas marcas "genéricas"). Retornei para São João da Boa Vista no domingo. O carro mantinha a temperatura de 90ºC, se eu não acelerasse muito (mantendo 100 km/h). Não tive maiores percalços na viagem.
Qualquer carro é passível de ter um problema mecânico, principalmente numa situação de trânsito pesado. Mas a postura dos serviços públicos (CET e Polícia Militar) foi de absoluta indiferença. Ou seja, como cidadão pagador de impostos, fui totalmente desassistido quando da minha necessidade. E foi somente a boa vontade de um amigo que me tirou daquela situação crítica.
Foi com um Niva, carro usado, e antigo. Mas poderia ter sido com qualquer outro veículo (durante o tempo que fiquei parado, vi vários guinchos transportando carro bem mais novos que o russinho).
Triste é a nossa sina: pagar por serviços que não nos atende. Fico imaginando se eu tivesse tido um problema de saúde enquanto dirigia. Provavelmente, teria facilitado a vida daquelas "crianças" (seria mais fácil me assaltar) e viraria mais um número numa estatística qualquer.
Foi uma experiência terrível, que não desejo a ninguém, mas que infelizmente estamos todos sujeitos a passar.
[]s.

[mauricio_silva]

Pelo menos uma notícia boa: meus pneus chegaram! E foram enviados no endereço que eu pedi.
Rapaz, foi demorado, precisou de muita conversa, mas chegaram!
Tenho de agradecer ao pessoal de Belém e da transportadora. No final, tudo deu certo.
Infelizmente, ainda não pude pegar os pneus, pois preciso ir para São Paulo. Ainda bem que eles estão na casa da minha mãe e não na oficina do Wilson. Não estou a fim de pegar a 23 de Maio por enquanto...
[]s.

[mauricio_silva]

Quando cheguei em São João da Boa Vista, depois dos percalços de São Paulo, fui fazer a vistoria de transferência do carro. E andei um pouco com o "russinho" para sentir a viatura.
A caixa de direção original deixa as manobras duras demais. Sem condições de fazer uma baliza ou uma manobra mais precisa com o carro parado. É praticamente impossível girar o volante.
Também tinham as pendências da parte elétrica do carro. Então, levei numa oficina da região (a Auto Elétrica do Idalgo, em Águas da Prata). Aproveitei e comprei um faróis amarelos de longo alcance.
Embora seja uma auto elétrica, a oficina do Idalgo faz todos os serviços mecânicos. Então aproveitei para ver o por quê do Niva estar aquecendo tanto.
Em princípio, o Idalgo não queria pegar o carro ("Eu não conheço nada sobre Nivas." - ele argumentou). Mas depois de uma boa conversa ("Então, você está tendo a oportunidade de aprender a mexer com Nivas!") ele topou.
A parte elétrica teria muita coisa a ser feita (eu queria que tudo voltasse a funcionar, lavador limpador dos faróis inclusive; já tinha comprado um motor original para o propósito). Mas eu não sabia o "quanto" precisaria ser feito...
A luz indicadora de carga do alternador do painel não funcionava (o Wilson já havia dito isso). Segundo o Idalgo, era porque o carro estava com o regulador de tensão queimado! Agora fazia sentido a bateria antiga ter perdido a carga...
Quanto ao aquecimento, o radiador estava entupido e com parte de colmeia sem circulação de ar (devido a detritos). Teria de fazer uma limpeza e varetamento. E algumas soldas. Segundo ele (Idalgo) aquele carro não estava em condições de circular. Pensando bem, tive muita sorte, tanto em São Paulo quanto na viagem de volta para SJBV.
Bem o carro está naquela oficina desde o dia 14/10. Nesse meio tempo, consegui comprar uma caixa de direção aliviada Gemmer, usada mas com garantia (valeu Júnior, da Atacama 4x4). E ela chegou antes do carro sair da oficina. Agora o Niva vai ficar bem mais fácil de conduzir (quando colocar os pneus novos então...).
Mas ainda não peguei o "bichim"... Segundo o Idalgo, agora ele quer testar o carro, para ver se não será necessário mexer no comando de válvulas (também já comprei o jogo de juntas, só por precaução...).
Depois de pronta a parte elétrica (e a mecânica) ficará faltando a tapeçaria (os bancos dianteiros vão precisar de travas e outras "cositas más"...) e a funilaria.
É, meu Niva gosta mesmo de uma oficina...
[]s.

[rfdex]

É amigo, por essas e outras que ando com corda, cabo de chupeta e ferramentas na viatura. Cansei de rebocar veículos que morreram em meio a ponte aqui em Brasília ou em trânsitos pesados - o que é papel do órgão de trânsito. Procuro fazer a minha parte para ficar com a consciência tranquila. E nas poucas vezes que precisei sempre apareceu alguém para ajudar. Outro conselho (vale até para cidades grandes): numa situação como ocorreu, feche o carro e saia de perto do mesmo. Principalmente quando estiver em meio a locais desabitados (como em rodovias e principalmente à noite). Antes mexerem no carro que em você ou sua família. Procure ficar em um ponto que possa "vigiar" o veículo, mas que ninguém o veja até que o socorro chegue. Nessas horas também vale anotar os dados daqueles que, por obrigação legal tem que nos amparar, e terminam não amparando. Por exemplo, as placas da viaturas da CET e PM para posteriormente registrar uma reclamação ou eventualmente usar em um processo judicial contra o Estado. Mas sorte que deu tudo certo! Um abraço

[Marcelo Cleto]

Ola a todos.....
Étriste ver niveiros achando que o problema sao seus nivas....
Incrivel ..........nao é o primeiro niveiro a deixar o carro no MAGO wilson e o carro parar no caminho de volta.......conheço pelo menos 3 alem de mim .......
Verifique a valvula termostastica ......muitos retiram essa valvula podendo ocorrer exatamente esse aumeto de temperatura...
Em tempo continuem levando seu carros no MAGO wilson...... e continuem achando que os deifeitos sao mero azar

Abraços a todos
MC

[mauricio_silva]

Ola a todos.....
Étriste ver niveiros achando que o problema sao seus nivas....
Incrivel ..........nao é o primeiro niveiro a deixar o carro no MAGO wilson e o carro parar no caminho de volta.......conheço pelo menos 3 alem de mim .......
Verifique a valvula termostastica ......muitos retiram essa valvula podendo ocorrer exatamente esse aumeto de temperatura...
Em tempo continuem levando seu carros no MAGO wilson...... e continuem achando que os deifeitos sao mero azar

Abraços a todos
MC

Olá Marcelo, tudo bem com você?

A válvula termostática tinha sido "retirada" (inutilizada é melhor dizer). O Wilson trocou e colocou uma nova.
O radiador estava bastante comprometido, isso eu pude observar quando ele foi retirado do carro aqui em SJBV.
Estou tentando fazer a melhor manutenção que eu posso. Até agora, fiz tudo o que manda o "figurino", pedindo todas as correções e manutenções que o Niva pedia (que os mecânicos e eletricistas indicaram), usando peças novas de boa procedência (vindas da Ucrânia ou nacionais equivalentes de marcas reconhecidas, como Bosch), sem "choro nem vela".
Infelizmente, meu conhecimento de mecânica, espaço, tempo e dinheiro são limitados, assim não tenho como confirmar se o que foi prometido foi cumprido ou se o problema indicado era o real defeito. Mas até agora, aceitei e deixei fazer tudo o que foi colocado com crítico para o Niva funcionar.
Máquinas quebram e pessoas falham. Se tem que haver alguém para ser "o" culpado pelos problemas do meu Niva, talvez seja a natureza, o destino, Deus, sei lá...
Mas o que eu posso culpar sem o mínimo arrependimento nem medo de estar errado, foram os serviços da CET e da Polícia Militar de São Paulo, que me deixaram "na mão" quando deles precisei. Como cidadão, fui ignorado nas minhas necessidades e graças a negligência desses serviços/servidores fui exposto a sérios riscos a minha vida/integridade, bem como meu patrimônio. Esses sim eu aponto o dedo e acuso, sem a mínima dúvida.
[]s.

[alexandre roveri]

A AutoVaz fazendo suas vitimas,..........

[mauricio_silva]

Depois de comprar o Niva, foi necessário deixá-lo em condições de uso. Assim foi feito:

-Regulagem, ajuste e limpeza do carburador.
-Regulagem do motor.
-Troca de platinado.
-Troca de mangueiras.
-Troca da válvula termostática.
-Regulagem do sistema de freios.
-Troca das lonas.
-Troca dos fluídos (óleo, freio, embreagem, arrefecimento).
-Limpeza e "varetagem" do radiador.
-Troca de bateria.
-Troca da caixa de direção (normal pela aliviada Gemmer).
-Revisão geral do sistema elétrico.
-Troca/adaptação do regulador de tensão.
-Revisão geral do alternador.
-Instalação dos faróis de neblina.
-Instalação da chave geral do guincho elétrico.
-Recuperação dos cintos de segurança.
-Troca das lentes dos retrovisores externos.
-Compra do jogo de ferramentas básico.

Bom, depois disso tudo feito, o carro veio para casa (a minha casa).
Seguem algumas fotos.

[mauricio_silva]

Imagens noturnas do Niva.

[Marcelo Cleto]

Ola a Todos....

Tudo beleza comigo e com voce?
Etsa bem bonito o seu niva.......agora e ser feliz em um bólido Russo......kkkk
Mauricio aproveite e assim que puder substitua o platinado por igniçao eletronica......
qto as lmitaçoes mecanicas depois desta experiencia niveira seras quase um MAGO...

abraços a voce e todos
MC