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Postado originalmente por Edumar
Existem falhas pontuais e falhas crônicas. Falhas de componentes ou de montagem, também pontuais, e erros de projeto que muitas vezes acabam abandonados, temos vários exemplos assim aqui mesmo no Brasil, e esses últimos são os mais preocupantes.
Acho que contei sobre as primeiras BMW que chegaram no Brasil. Eu já trabalhava em montadora de carros na época. Eles tinham um revestimento interno no motor ou nos pistões, se não me engano de platina, o que conferia maior durabilidade ao conjunto. Isso funcionava muito bem lá fora, mas o nosso combustível era rico em enxofre que corroía esse revestimento. O resultado disso era que os motores sofriam problemas com menos de 20.000 km rodados. Tiveram que mudar isso nas unidades enviadas para o Brasil. Isso acontece, não deveria, mas acontece nas melhores famílias.
Peças são testadas antes de serem colocadas nos carros, mas o teste é por amostragem. Num lote de 1.000 peças o fabricante fornece, por exemplo, 3 peças a mais para os ensaios de qualidade. Elas são testadas em equipamentos de fadiga de uso, de nuvem salina para teste de corrosão (salt spray), etc. Mas, pode acontecer de ter peças com não conformidades dentro do lote que acabam não sendo testadas, isso é normal. Quanto melhor a qualidade e a origem da fabricação, menor esse risco. Mas, nada impede que fabricantes conceituados errem também. Vide o caso dos airbags da Takata, um fabricante japonês, e sabemos que o nível de qualidade nipônico é bem elevado, mas isso também é raro.
Peças defeituosas num lote regular normalmente apresentam problemas logo no início do uso do carro, você substituiu e resolve o problema.
Problemas com a utilização de peças de procedência duvidosa, como as chinesas costumam ser, problemas de projeto e problemas de peças ruins por conta de redução de custos, principalmente de material plástico como está na moda hoje, são bem mais graves, e dependendo do fabricante, ele nem faz recall ou se preocupa em corrigir, como o famoso caso dos câmbios powershift.
O que muitos tentam fazer é tentar colocar tudo no mesmo pacote, comparar uma unidade multimídia ruim, de procedência duvidosa, de má qualidade, com som ruim com outra de outro carro que apresenta uma falha pontual e rara, e aí dizem que o "outro modelo também tem problemas". É patético. Isso eu apago mesmo dos comentários do meu site, não tolero esse tipo de ignorância e estupidez. É melhor do que dar uma resposta à altura da inteligência do autor do comentário e ser chamado de "mal educado"
O consumidor deveria agradecer a quem aponta essas falhas graves e pressionar o fabricante a resolvê-las, e não ficar querendo se justificar porque é fanboy do modelo ou da marca, essa sim é uma atitude inteligente. Raramente alguém me pede mais informações de algum problema, é muito descaso do consumidor. Mas se tivessem cobrado a Toyota dos problemas de falta de estabilidade da Hilux, que perdura até hoje (sim isso é fato) não teríamos visto tantas vidas perdidas ou mutiladas. Se pressionassem aqui a VW pela fraude de emissões, como fizeram em outros países, e cobrassem a Toyota agora pelas fraudes que vem aplicando, o consumidor brasileiro ganharia mais respeito, mas aqui ninguém está nem aí com nada. Nada mesmo, o país caminha para a sua destruição e ninguém enxerga isso. Quando acordarem será tarde demais, e vamos levar décadas para corrigir a porcaria que fizemos.
Errar faz parte, mas tem erros e "erros".
Acho que contei sobre as primeiras BMW que chegaram no Brasil. Eu já trabalhava em montadora de carros na época. Eles tinham um revestimento interno no motor ou nos pistões, se não me engano de platina, o que conferia maior durabilidade ao conjunto. Isso funcionava muito bem lá fora, mas o nosso combustível era rico em enxofre que corroía esse revestimento. O resultado disso era que os motores sofriam problemas com menos de 20.000 km rodados. Tiveram que mudar isso nas unidades enviadas para o Brasil. Isso acontece, não deveria, mas acontece nas melhores famílias.
Peças são testadas antes de serem colocadas nos carros, mas o teste é por amostragem. Num lote de 1.000 peças o fabricante fornece, por exemplo, 3 peças a mais para os ensaios de qualidade. Elas são testadas em equipamentos de fadiga de uso, de nuvem salina para teste de corrosão (salt spray), etc. Mas, pode acontecer de ter peças com não conformidades dentro do lote que acabam não sendo testadas, isso é normal. Quanto melhor a qualidade e a origem da fabricação, menor esse risco. Mas, nada impede que fabricantes conceituados errem também. Vide o caso dos airbags da Takata, um fabricante japonês, e sabemos que o nível de qualidade nipônico é bem elevado, mas isso também é raro.
Peças defeituosas num lote regular normalmente apresentam problemas logo no início do uso do carro, você substituiu e resolve o problema.
Problemas com a utilização de peças de procedência duvidosa, como as chinesas costumam ser, problemas de projeto e problemas de peças ruins por conta de redução de custos, principalmente de material plástico como está na moda hoje, são bem mais graves, e dependendo do fabricante, ele nem faz recall ou se preocupa em corrigir, como o famoso caso dos câmbios powershift.
O que muitos tentam fazer é tentar colocar tudo no mesmo pacote, comparar uma unidade multimídia ruim, de procedência duvidosa, de má qualidade, com som ruim com outra de outro carro que apresenta uma falha pontual e rara, e aí dizem que o "outro modelo também tem problemas". É patético. Isso eu apago mesmo dos comentários do meu site, não tolero esse tipo de ignorância e estupidez. É melhor do que dar uma resposta à altura da inteligência do autor do comentário e ser chamado de "mal educado"
O consumidor deveria agradecer a quem aponta essas falhas graves e pressionar o fabricante a resolvê-las, e não ficar querendo se justificar porque é fanboy do modelo ou da marca, essa sim é uma atitude inteligente. Raramente alguém me pede mais informações de algum problema, é muito descaso do consumidor. Mas se tivessem cobrado a Toyota dos problemas de falta de estabilidade da Hilux, que perdura até hoje (sim isso é fato) não teríamos visto tantas vidas perdidas ou mutiladas. Se pressionassem aqui a VW pela fraude de emissões, como fizeram em outros países, e cobrassem a Toyota agora pelas fraudes que vem aplicando, o consumidor brasileiro ganharia mais respeito, mas aqui ninguém está nem aí com nada. Nada mesmo, o país caminha para a sua destruição e ninguém enxerga isso. Quando acordarem será tarde demais, e vamos levar décadas para corrigir a porcaria que fizemos.
Errar faz parte, mas tem erros e "erros".
Muito legal esse mundo industrial automobilístico. Imagino que uma fábrica de carros é super interessante e complexa.
