Nova Frontier 2017.

[Bigsd]

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Porque o pessoal tem tanto ciuminho de Frontier, hein?
Até quando o tópico não é sobre ela os caras dão uma cutucada

Então, meu amigo, um dia o Cirão (que não é o Aguiar ) disse uma vez que muitas vezes "o que se quer ter não é o que se pode ter, e aí nasce o desdenho como forma de compensação"... ou mais ou menos isso...
O Cirão é quem sabe falar certinho.

[Ciro Alencar]

Boa tarde, meus queridos amigos!!!

Meu caro amigo Bigsd, eu já te disse que você não presta? kkkkkk......
Samuel, meu querido, não ligue para o nosso amigo cheio de graça... pelo menos temos nomes, e essa coisa de "Bigsd"? ...kkkkk......
Toda vez que escrevo isso tenho que confirmar se escrevi certo.... kkkk.....
Forte abraço, meu caro Samuel.

[Ciro Alencar]

Ciro Aguiar, se não existisse essa Frontier, você não compraria nenhuma outra picape? Qual seria a sua opinião? Fiquei curioso sobre o seu comentário.
Qual o uso que você faz hoje das suas Frontier? Você usa para trabalho também? Qual a versão hoje você considera a melhor?
Abraço, companheiro.

Meu querido amigo, isso é uma coisa bastante complicada, e não é fácil responder a sua pergunta sem uma explicação muito longa. Eu até escrevo muito mesmo, normalmente, mas sei que fica cansativo... kkkk.....
Em resumo, eu sempre tive veículos de elevada performance, gosto muito de carros, e sou muito cuidadoso com as minhas escolhas.
A minha opção por sair do mundo de carros esportes ou de linha premium foi em razão de algumas mudanças de estilo de vida. Meus amigos falam que essa mudança se chama "velhice".... kkkkk.....
Mas, na verdade, numa decisão familiar, resolvemos ter uma qualidade de vida diferente daquela que tínhamos até então, em buscamos um estilo de vida mais rural e menos urbano. Estou gostando, confesso. A intenção é mudarmos definitivamente para o sítio e em breve, inclusive.

Essa mudança de vida exigiu algumas adaptações, pois eu teria que, além de fazer uso de estradas pavimentadas e compromissos sociais, também trafegar por caminhos mais complicados, com terra (quando não lama"), mais acidentados e mais agressivos. Isso não combinava com o tipo de carro que eu estava habituado. Ainda mantive um modelo esportivo para algumas brincadeiras, e acabei comprando outro recentemente pela oportunidade que apareceu, mas provavelmente não vou ficar muito tempo com este último.

Eu precisava então de um veículo que tivesse mais versatilidade para caminhos difíceis, que fosse mais robusto (meus carros anteriores tinham bom desempenho mas eram frágeis para isso), que pudesse transportar alguns objetos maiores e mais pesados com alguma frequência, e fosse mais voltado ao modelo de vida que eu estava começando a adotar. Por outro lado, eu queria um veículo (já tinha decidido por uma caminhonete) que também fosse confortável, com uma pegada mais atual, mais segura, mais tecnológica e com algum conforto.
Na época, me decepcionei com os modelos disponíveis, na minha opinião, que pararam no tempo, verdadeiros projetos jurássicos que mesmo depois só ganharam gambiarras, adaptando partes antigas e ultrapassadas para acompanhar modismos de potência mais elevada, de "falso" conforto (com as tais suspensões "recalibradas" que eram só argumentos de vendas), etc.

Eu estava decidido a importar um modelo, quando, justo nesse momento chegou a Frontier. Confesso que eu não dei atenção pra ela no começo, mas comecei a ver a tecnologia que ela trazia, uma filosofia nova de utilitário visando trabalho e conforto (como diz o Edu, a Nissan conseguiu fazer um produto versátil), e me chamou a atenção o fato de ter sido em projeto desenvolvido em conjunto com a alemã Mercedes-Benz, e ser escolhida por ela para se tornar o seu "Classe X". Mesmo que comercialmente a Mercedes não tenha conseguido se encaixar nesse segmento, o fato do projeto atender às suas exigências já significava muito a favor da Frontier.
O motor biturbo, a suspensão multilink, o controle de estabilidade de alta tecnologia (até hoje o mais sofisticado), o conforto que ia desde os bancos zero gravidade até um multimídia caprichado e teto solar, e muitos outros detalhes sugeriam um modelo diferente de todos que eu tinha testado e que ainda adotavam conceitos de mais de 30 anos atrás.

Diante disso, resolvi dar uma chance para a Frontier e fui fazer um longo test drive com ela. Na verdade foram dois (quase três kkkk...).
Eu fiquei impressionado com a caminhonete. Ela nada tinha a ver com os dinossauros do mercado. Fiz curvas com total segurança. Com a habilidade que tenho com condução esportiva, eu levei a Frontier ao extremo, simulei situações críticas, e criei condições realmente pouco comuns para uma caminhonete, e ao contrário de todas as outras que eu tinha testado, ela não saltava nas imperfeições de pista (dentro da sua proposta claro), não "dançava" como as outras (o pessoal chama isso de "passarinhar"), não dava coices laterais na suspensão traseira, não derrapava fácil, não dava qualquer sinal de que poderia capotar numa situação de maior exigência, pela primeira vez vi uma caminhonete que o controle de estabilidade funcionava de verdade, e, além de tudo, esse pacote todo era oferecido com muito conforto e prazer em dirigir, com desempenho suficiente quando exigida, mas com silêncio, sem judiar da coluna e principalmente sem o chacoalhar excessivo. Caminhonete firme, segura e confortável como eu não tinha visto ainda.

Senti também que a Frontier apresentava um grande equilíbrio de conjunto. O que mais se vê hoje ainda são adaptações de toda espécie. Verdadeiras gambiarras reaproveitando suspensão, motor, câmbio, etc... Elevam a potência dos motores em suspensões antigas sem qualquer segurança, ou com câmbios que parecem perdidos ali no conjunto. Vimos o caso de uma concorrente que mesmo instalando um controle de estabilidade, ela continuou se mostrando instável e insegura demais. Óbvio, eram só adaptações.
A Frontier renasceu com um chassi completamente novo, até hoje o melhor da categoria, com um motor biturbo muito moderno, com um novo câmbio com mais marchas muito bem casado com o conjunto, com uma suspensão muito moderna e inovadora em nosso mercado (até hoje exceto algumas importadas), que junto com o controle de estabilidade mais moderno lhe dava um comportamento completamente diferente do que eu tinha visto até então.

Quando conheci a Frontier de verdade, e olha que testei muito, senti que ela atendia às minhas exigências, e que merecia uma chance. Fiquei tão satisfeito com ela que tem sido o meu modelo de escolha atualmente.

Aí você me pergunta o que eu escolheria no lugar dela hoje? Honestamente, na faixa dela, num primeiro momento, eu responderia que... nenhuma!!! Continuam sem evoluir nada aqui. Sei que lá fora a Ford e a Toyota já experimentam o multilink nos modelos mais robustos e sofisticados, que motores biturbo já estão nas Ranger, também lá fora, aqui pode esquecer.
Mas, em termos de mercado nacional, evolução zero, somente mais remendos. E não estou vendo muita coisa podendo chegar aqui com a nova leva de modelos que estão sendo "renovados".

Uma coisa ou outra é copiada, como as câmeras 360° que agora foi copiada pela Toyota mas não tem a mesma qualidade daquelas usadas na Frontier. A Frontier chegou agora com um pacote se segurança ativa que outras já tinham, mas muito mais evoluído e preciso. Ou seja, até nisso deixou quem saiu na frente para trás.

Por isso eu digo que a Frontier vai ser um modelo de nicho, para um público bem definido que busca outro perfil de caminhonete.
Eu não compraria nenhuma concorrente. Em termos de beleza, a L200 chama bastante a minha atenção, mas nessa característica somente, apesar de eu achar que ela é melhor que muitas concorrentes que vendem mais.
Porque em termos de beleza, a concorrência anda apanhando feio com esses desenhos horríveis, com esses "bocões" de muito mau gosto, tão ultrapassado como o restante do conjunto.

Até andei vendo alguns modelos da RAM, antes de trocar as minhas. Mas, é outra categoria, acho que mais voltada a um público específico também, como a Frontier. Não entendo esse negócio de fazer uma caminhonete gigante para levar quase a metade do que uma Frontier leva de peso.
Também acho os motores exagerados. Não é a proposta de uma caminhonete. Não me senti bem nela. E muito "cara de caminhão" para o meu gosto também. Passou da hora de mudar aquela frente horrível.

Em função do meu perfil de uso, acho que me voltaria novamente para alguma importada. Tenho muita facilidade para importar veículos. Não sei, não pensei nisso ainda.

Bem, relendo a sua pergunta, meu caro Samuel, acho que expliquei tudo, inclusive o uso que faço dela. Já carreguei coisas pesadas nela, e é impressionante, ela ficou tão "distraída" que sequer percebeu isso .... kkkkk.....
Graças ao elevado torque em rotações muito baixas por conta do sistema biturbo, ela carrega peso sem demonstrar qualquer dificuldade, onde outras esgoelariam o motor para conseguir mais torque.
Então ela funciona bem também para trabalho.

Sua última pergunta sobre qual a melhor versão da Frontier, eu acredito que isso depende do perfil de cada comprador. Quem quer uma pegada mais "bruta" com um visual mais robusto, a Pro-4X seria a mais recomendada. Quem quer quase tudo que a Pro-4X tem com um visual mais "clássico", a Platinum é interessante.
Quem quer um acabamento um pouco mais clássico com recursos bem avançados, a XE atende muito bem. A Attack tem um visual bacana comparada aos modelos de entrada, e com recursos adicionais.
Mas, tanto a S como a SE são opções viáveis também. A SE nem parece uma caminhonete de entrada. Tem até a grade cromada.
E a vantagem é que a Nissan não depena os modelos de entrada no que realmente é importante. Você vai encontrar muitos recursos dos modelos mais caros nestas mais básicas.
Quem quer comprar uma caminhonete para "equipar" ao seu gosto, com alto-falantes e som audiófilo, com partes pintadas, faixas decorativas, interior especial, etc... pode ir sem medo numa S ou SE que estará bem servido de qualidades para agradar todos os gostos.

Bem, meu querido Samuel, espero ter te respondido inteiramente e que esse depoimento também ajude outros colegas que estão com as mesmas dúvidas.
Vou almoçar mais cedo hoje porque logo pego estrada, mas qualquer dúvida pode perguntar que eu terei prazer em respondê-lo.

[LoucoPoeta]

Meu querido amigo, isso é uma coisa bastante complicada, e não é fácil responder a sua pergunta sem uma explicação muito longa. Eu até escrevo muito mesmo, normalmente, mas sei que fica cansativo... kkkk.....
Em resumo, eu sempre tive veículos de elevada performance, gosto muito de carros, e sou muito cuidadoso com as minhas escolhas.
A minha opção por sair do mundo de carros esportes ou de linha premium foi em razão de algumas mudanças de estilo de vida. Meus amigos falam que essa mudança se chama "velhice".... kkkkk.....
Mas, na verdade, numa decisão familiar, resolvemos ter uma qualidade de vida diferente daquela que tínhamos até então, em buscamos um estilo de vida mais rural e menos urbano. Estou gostando, confesso. A intenção é mudarmos definitivamente para o sítio e em breve, inclusive.
...

O motor 2.3 Biturbo é desenvolvido junto com a Mercedes?

Neste link falou que era:

[LoucoPoeta]

Nissan deve substituir Frontier diesel por versao e-Power

[LoucoPoeta]

Nissan Navara and Patrol e-POWER development confirmed - carsales.com.au

[LoucoPoeta]

Nova Nissan Frontier: a parceira ideal e a mais util ferramenta de trabalho para o agricultor | Nissan | G1

[Bigsd]

O motor 2.3 Biturbo é desenvolvido junto com a Mercedes?

Se não me engano ele foi desenvolvido conjuntamente entre Renault e Nissan, mas teve alguma participação da Mercedes principalmente na parte do biturbo, porque a Renault não usava (e não usa) biturbo na Renault Master (mesmo motor).
Esse motor está fazendo muito sucesso, não dá problemas.

[Bigsd]

Compartilhando recente publicação do site do Edu, que fui eu quem fez (a publicação... a análise é dele ).

"Abaixo os resultados de emplacamentos da nova Nissan Frontier desde a sua chegada no Brasil em 2017:




Desde a sua chegada no mercado nacional em 2017, e Nissan Frontier teve uma contínua evolução de vendas, chegando praticamente a dobrar seu número de emplacamentos em 2021.
Com a crise de falta de peças, o modelo emplacou menos aqui em 2022.
Apesar do sucesso de todas as avaliações do modelo, sempre recheadas de elogios, a Frontier tem se mostrado um produto de nicho, ou seja, um produto para um público exclusivo, não se tornando um modelo popular de vendas.
Como o mercado brasileiro é bastante conservador e modista, é possível que o modelo já tenha batido no seu teto de vendas, e caberá à Nissan desenvolver uma estratégia para recolocar a sua caminhonete no ranking de vendas, se realmente houver um interesse dela em popularizar o modelo, já que não percebemos muita dedicação nesse sentido apesar dela oferecer a melhor opção da categoria.
O modelo vendido no Brasil é fabricado na Argentina, e de lá tem saído unidades para outros mercados mundiais, além da Alaskan da Renault, e possivelmente a nova L200 da Mitsubishi, que em breve chegará no mercado também na plataforma da Frontier, conforme informações recentemente divulgadas."

Legal esse gráfico, pois mostra a grande evolução que o modelo teve em nosso mercado. Isso considerando do seu lançamento em 2017, pois as vendas do modelo anterior era menor.
Vamos ver como será esse ano com a chegada do modelo 2023 e a atualização das concorrentes.
Mesmo com a falta de peças em 2022, ela ainda se manteve acima das 8.000 unidades, como disse o Edu, talvez já sinalizando o mercado dela entre 8.000 a 12.000 unidades. Mas, se a Nissan se esforçasse um pouco mais, tem muito espaço para a Frontier crescer ainda. Com a chegada prevista para a Alaskan e a nova L200, eu acho que o mercado vai começar a sentir melhor a defasagem da concorrência e uma tendência para uma evolução tecnológica da categoria.

O Edu está escrevendo outro artigo sobre a lambança que a Ford fez com a Ranger, e que vai lhe causar um forte desgaste de caixa num momento em que ela já vive sérias dificuldades financeiras.
Acompanhem o blog dele, é muito legal: Clube da Nissan Frontier

[sm4rco]

Eu sou menos otimista. Acho que esse ano será ruim para vendas de zero km.
Basta ver como despencaram as vendas de carros e principalmente de caminhonetes neste começo de ano, de todos os modelos, todas lotando os pátios e sobrando nas lojas.
Apesar de figuras cômicas do youtube comentar que sobram Frontier nas lojas, sobram todas as marcas, e isso não é muito bom porque já tem fabricante cogitando ir embora do Brasil.
Este anos vai ser muito ruim para caminhonetes, e já começou mal.

[leao77]

Estas análises sobre o número de emplacamentos mensais da Frontier são recorrentes e penso que não vai se alterar muito, e acredito que a própria Nissan não está muito interessada em mudar sua política com relação a esta situação.
Alguns pontos de vista meus (penso que não diferem da maioria dos foristas:
1. O salto de 2021 mais se deveu ao fato de a Nissan ter mais estoque do que as concorrentes num período de pandemia, do que propriamente uma escolha dos compradores.
2. É indiscutível a alta qualidade da Frontier frente as demais pick up, mas não haverá aumento de emplacamentos nos próximos meses, muito em função da falta de publicidade (e a Nissan sabe disso, e nada faz para mudar esta realidade). Tavez por falta de capacidade produtiva, mas a verdade é que falta empenho. amanhã viajarei 200 km para fazer a revisão dos 20.000km, conclusão:
3. Faltam concessionárias
4. A Frontier promove expedições, trilhas, etc.
5. Ainda paga o preço dos erros cometidos na Frontier quando fabricadas no Brasil, eu mesmo vítima de problemas com aquele modelo.
6. Por que acho que não aumentarão as vendas? Talvez até diminuam em função dos lançamentos da Alaskan
7. O modelo atual é excelente, porém chegou aqui tarde e já anunciam mudanças. Este ano teremos a nova S 10, Ranger (quer queiram ou não, gostem ou não) vai vender bastante já que virá totalmente reformulada. Vem também a nova L 200 e Hilux.
Portanto a tendência é se manter neste patamar e torcer para não cair.
8. Não esquecendo que a falta de apetite da Nissan em não "promover" mais intensamente a Frontier através dos mecanismos publicitários e outras ferramentas prejudica a todos nós uma vez que nossa camionete se desvaloriza muito no mercado.

[leao77]

Sei que haverá críticas aos meus comentários, mas é o que eu penso