Modelo, bastante robusto, tem seus maiores defeitos ligados às peças caras, assim como à mão-de-obra nas concessionárias
Texto: Alexandre Ule Ramos
Fotos: Divulgação
O Jeep Cherokee Sport passou a ser importado pela Chrysler em 1997, só com motor de seis cilindros em linha, de 4 litros e 180 cv. É bom notar, porém, que há carros mais antigos do que isso rodando por aí.
Se você encontrar um Cherokee Sport só com duas portas, não se trata de ilusão de óptica. Eles são raros, mas existem. Em geral são mais antigos, com a grade dianteira cromada, além de detalhes como rodas, motorização e forrações diferentes das versões importadas oficialmente.
Nesse caso, é melhor verificar cuidadosamente a procedência, que pode ser de importadores independentes, embaixadas ou mesmo importados usados, que foram documentados com liminar judicial, na época, e que geralmente trazem placas com iniciais H (de Fortaleza) e A (de Curitiba). Isso acontece porque nesses estados o licenciamento era possível, ao passo que o Detran de São Paulo dificilmente emplacava carros importados usados nessa época, ainda mais sob liminar. Bom lembrar que não foram poucos os que tiveram as tais liminares cassadas e tiveram de entregar os carros à Receita Federal.
Em relação aos modelos Grand Cherokee, o Cherokee Sport é considerado a mais “off-road” da família, se comportando com grande desenvoltura mesmo em trechos mais difíceis. A estrutura monobloco, além de torná-lo mais leve e menos ruidoso, permitiu elaborar uma boa relação entre altura livre do solo e distância entre eixos.
Como se tratava de um off-road requintado, trazia ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, rodas de liga-leve, travas por controle remoto e sistema de som. O câmbio automático era um dos opcionais. A versão automática conta ainda com uma vantagem inovadora: a caixa de transferência chamada de Select-Trac.
Uma das posições do seletor de tração no câmbio, a 4x4 Part Time, faz com que o 4x4 seja acionado só em casos extremos. É um sistema inteligente, que entra em ação automaticamente, conforme as condições do piso, como atoleiros e pistas escorregadias.
Em 1997, o sistema de freios com ABS também era opcional, mas se tornaria item de linha a partir de 1998. Em 1999 não houve grandes mudanças, a não ser novas cores. Em 2000 seria a vez dos bancos de couro serem oferecidos como item de série, além de mudanças no sistema de ABS e injeção eletrônica e introdução dos pára-choques pintados como itens de série. Existem poucos modelos 2001 a venda, a maior parte deles equipada com motor de 2,5 litros a diesel, sempre com caixa manual.
Disponível sempre com carroceria de quatro portas e tração 4x4, apresentava mecânica antiquada, porém robusta, como os eixos rígidos na dianteira e traseira, sem falar das linhas quadradas, herança de um design bastante antigo nos Estados Unidos. Deixou de ser produzida em 2001, mas no Brasil era possível encontrar carros 2000 zero quilômetro em 2002!