Óleo de Mamona - Pelo menos é vegetal...
Dos subprodutos destaca-se o óleo, único glicerídeo que a natureza concebeu em mais de 320.000 espécies de espermatófitos, que é solúvel em álcool e é extraído pela prensagem das sementes, cerca de 90% do óleo é composto por triglicerídio, principalmente da ricinoleína, que é o componente do ácido ricinoléico, cuja fórmula molecular é (C17H32OHCOOH), o que confere ao óleo suas características singulares, possibilitando ampla gama de utilização industrial, tornando a cultura da mamoneira importante potencial econômico e estratégico ao País.
As aplicações do óleo são inúmeras podendo ser empregado em vários processos industriais, na fabricação de tintas, protetores e isolantes (depois de desidratado), lubrificantes, cosméticos, drogas farmacêuticas, bem como a fabricação de corantes, anilinas, desinfetantes, germicidas, óleos lubrificantes de baixa temperatura, colas e aderentes, base para fungicidas e inseticidas, tintas de impressão e vernizes, além de nylon e matéria plástica, em que tem bastante importância. Transformado em plástico, sob a ação de reatores nucleares, adquire a resistência de aço, mantendo a leveza da matéria plástica.
O uso do óleo como lubrificante tem sido amplamente difundido sobretudo em algumas situações específicas em que os óleos minerais tornam-se menos eficientes. Tal é o caso de certos equipamentos, como mancais ou engrenagens sujeitas a esfriamento a água, determinando, portanto, a necessidade de lubrificação com óleo de mamona, cujo grupo hidroxílico no derivado ricinoléico, lhe confere alta capacidade de aderência às superfícies umedecidas. Além de seu baixo ponto de solidificação, em torno de 30oC negativos, outras qualidades do óleo de mamona, tais como resistência ao escoamento e viscosidade elevada, o recomendam também como lubrificante de turbinas de aeronaves ou de veículos automotores que operam em regiões geladas. Suas características físicoquímicas favorecem, por outro lado, a sua utilização como fluído para freios hidráulicos de veículas, não atacando a borracha, metais ou plásticos, sendo que esta aplicação do óleo de mamona é a mais importante no Brasil.