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  • #1

    Substituir correia dentada por corrente.




    Senhores,

    Estou planejando mais alguns itens da reforma do Eisengelb, e gostaria de trocar idéias com mais pessoas que possam ter intenções similares.

    Estou considerando a troca da correia dentada por uma corrente de distribuição. O motor é um 1.9 diesel (1Y), conhecido por "1.9 AP".

    Ainda não tenho nenhum veículo base de onde usar coroas e a correia em si, mas acredito que um outro diesel de cilindrada média (como os MWM 2.8) pode vir a ser uma boa base para peças. Em último caso, até um carro de passeio (de maior potência) pode servir de base.

    Então, alguém já fez ou pretende fazer? Alguma idéia?

    Abraços,
    Leonardo

  • #2
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    Leonardo, isso é algo bem caro e que dificilmente ficará bom. Precisaria primeiramente fabricar uma caixa de distribuição fechada para garantir boa lubrificação. Só aí já inviabiliza qualquer projeto.

    O mais fácil é adaptar as coroas, os tensores e o sistema de lubrificação.

    Pra isso basta comprar coroas e mandar soldar nas polias originais. Modelos de correntes tem bastante, mas se tentasse usar as coroas e correntes do Lada já é um passo à frente.

    De qualquer forma, o sistema por corrente dá manutenção igual à correia dentada, sendo necessária a substituição do conjunto em determinado tempo.

    A caixa de distribuição poderia ser feita em chapa de aço 1/8" com uma tampa frontal, porém terás problemas com vazamento de óleo pois deverá ser completamente fechada com um nível de óleo interno ou deverá receber óleo do motor.

    Dessa forma deverás prever retentor para as polias do comando de válvulas, Bomba Injetora e Virabrequim, fora que por fora da tampa deverá ter a polia de serviço com mais um retentor.

    Pergunta, compensa tanta dor de cabeça??? Sem contar que a cada 150.000km pelo menos precisa mandar soldar coroas novas nas polias do motor...
    Chevrolet Caravan Comodoro 1982 - Muito chique!

  • #3
    Citação Postado originalmente por Edintruder Ver Post
    Leonardo, isso é algo bem caro e que dificilmente ficará bom. Precisaria primeiramente fabricar uma caixa de distribuição fechada para garantir boa lubrificação.

    O mais fácil é adaptar as coroas, os tensores e o sistema de lubrificação.
    Então.. o que foi exatamente o que eu já tinha comentado anteriormente..

    Citação Postado originalmente por Edintruder Ver Post
    Pra isso basta comprar coroas e mandar soldar nas polias originais.
    Soldar?! Eu iria por outro caminho, usinando uma fixação parafusável.

    Citação Postado originalmente por Edintruder Ver Post
    Modelos de correntes tem bastante [...]
    Exato, essa é a idéia!

    Citação Postado originalmente por Edintruder Ver Post
    [...] mas se tentasse usar as coroas e correntes do Lada já é um passo à frente.
    Um passo atrás, certo...?

    Nada contra o Lada, mas eu prefiro super-dimensionar do que sub-dimensionar, como falei anteriormente sobre a questão da potência.

    Citação Postado originalmente por Edintruder Ver Post
    De qualquer forma, o sistema por corrente dá manutenção igual à correia dentada, sendo necessária a substituição do conjunto em determinado tempo.
    Qual determinado tempo? Qual motor? Qual tipo de correia/corrente?

    Não é por nada não, mas você encontra tempos de manutenção de correias dentadas que vão de 70 a 100mil km, e correntes que vão desde 150 mil km (correntes mais antigas) até o infinito!

    De maneira geral, um sistema coroa/corrente moderno é pra durar o tempo de vida do motor.

    Ah, claro, sem contar o que pra mim é um dos principais motivos para fazer uma troca desta: a correia, quando desgasta, não avisa: arrebenta e já era. A corrente começa a pular, e gera sintomas que podem ser diagnosticados antes de se tornarem fatais! 8)

    Citação Postado originalmente por Edintruder Ver Post
    A caixa de distribuição poderia ser feita em chapa de aço 1/8" com uma tampa frontal, porém terás problemas com vazamento de óleo pois deverá ser completamente fechada com um nível de óleo interno ou deverá receber óleo do motor.

    Dessa forma deverás prever retentor para as polias do comando de válvulas, Bomba Injetora e Virabrequim, fora que por fora da tampa deverá ter a polia de serviço com mais um retentor.
    Traduzindo, uma caixa de óleo com retentores. Sem mistério, e a grande vantagem é que não precisa de nenhum reforço para rolamento nem estrutural: é só acertar bem os furos para o alojamento dos retentores.

    Citação Postado originalmente por Edintruder Ver Post
    Pergunta, compensa tanta dor de cabeça??? Sem contar que a cada 150.000km pelo menos precisa mandar soldar coroas novas nas polias do motor...
    Porquê 150mil km? Lembre-se que não pretendo usar corrente de Lada - de preferência, uma com coroa dupla e que tenha sido desenhada para um motor mais potente, trabalhando abaixo da carga projetada.

    O tempo de manutenção é pra ser longo o suficiente para uma carroceria de fibra enferrujar primeiro..

    Sobre valer a pena: considere um veículo que você está reformando para deixar como herança da família: coloque na ponta do lápis o custo de duas, três, ou quatro correias dentadas, multiplique a probabilidade de uma correia dentada arrebentar neste tempo (seja porque tinha um defeito, desgaste prematuro, etc) pelo custo de fazer o motor, e por aí vai.

    Enfim, até agora, o que encontrei de informação na literatura foi extremamente favorável... mas cada um, cada um.

    Abraços,
    Leonardo

  • #4
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    Leonardo, como exemplo, o motor NGD-e 3.0 da International, tem sistema de correntes que dura cerca de 300.000km, porém tem casos que dá problemas antes dos 100.000km... O custo dessa manutenção gira perto de 800,00 a 1.000,00 de peças enquanto na correia dentada do 2.8 que dura 120.000km, fica próximo de 200,00 em peças. O segredo é trocar as polias sincronizadoras quando trocar as correias. Dessa forma as correias duram sempre a kilometragem indicada. A cada troca o correto é trocar a polia do virabrequim e a cada 2 trocas troca todas as polias dentadas e sempre troca o tensor junto da correia. De preferência correia sempre original. Não tem mistério!
    Outro motor que tem corrente acho que é o zetec, mas nunca vi ela. As CB400 por exemplo, um dos cânceres sempre foi a corrente de comando também. A corrente do Lada dura muito e sei que tem um desenho bem apropriado. Ela é dupla inclusive, dessa forma se arrebentar uma a outra ainda segura o sistema sincronizado. Foi apenas um exemplo, e ainda assim necessitaria uma emenda com outra pra ficar com um comprimento apropriado.

    No caso, tem outro exemplo do motor CHT, que a corrente tende a durar tanto quanto o motor e com casos de quebras após 100.000km. Porém é muito pequena.

    A corrente dá a impressão de durabilidade, porém pode ser um tiro no pé.
    Chevrolet Caravan Comodoro 1982 - Muito chique!

  • #5
    Edintruder,

    A questão das quebras esporádicas que você comenta, teria algum motivo associado? Falta de lubrificação, falta de um tensionador adequado e/ou ajuste, ou algo assim?

    A corrente não só dá impressão de durabilidade como ela é projetada, em diversos veículos, para durar muito mais do que a correia.. os gringos mesmo, muitas vezes nem falam de troca programada.

    Bom, você está citando casos onde a corrente incomoda por arrebentar antes do prazo, mas e os carros com correia dentada onde ela arrebenta antes também? É só perguntar para boa parte dos colegas jipeiros e ver o que eles acham de um motor com correia dentada na trilha. Com certeza alguns vão amar de paixão, mas outros...

    Eu só gostaria de entender como isto que você está dizendo poderia acontecer, de uma corrente arrebentar sem mais nem menos - antes do tempo projetado de manutenção. Você está dizendo que é uma falha nas peças específicas? Ou que é uma falha de qualquer corrente? Poderia ser um pouco mais específico e embasar melhor onde você diz que está o problema com o uso de correntes?

    Pergunto porque - em toda fonte de informação que busquei até agora - o uso de correntes é muito mais comum do que o de correia dentada em veículos que precisam de confiabilidade. Ou seja, não me parece que é algo tão fácil de quebrar assim - seja por dados concretos (tempo de manutenção) ou por analogia (+ confiabilidade, - quebras).

    Leonardo

  • #6
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    A corrente dá problema se trabalhar com muita folga ou com muita tensão. Ela é tão sensível quanto a correia dentada, porém como é um sistema mais rústico, é mais difícil acertar. Um bom exemplo foi a CG 150 e as Twister 250 que o tensor permitia muito retorno.

    Quando a corrente dá problema normalmente é por questão do tensor mesmo, que deve ser firme e auto-ajustável pra acompanhar o desgaste das coroas.
    Nos NGD-e e nos Lada o problema sempre surge pelos sistemas de tensores. Na Lada o único problema é justamente os tensores e no NGD-e também começa a aparecer quando começa a entupir ou apresentar vazamento de pressão de óleo do tensor. O ideal é fazer um tensor rotativo com braço oscilante, tipo de câmbio de bicicleta, porém no ponto de retorno aonde não altera o ponto do motor e com o uso de uma mola de excelente pressão pra manter o sistema com menos vibrações e oscilações possíveis. Uma mola dura o suficiente que mantenha um bom curso de trabalho serve. O sistema deve ficar com parte submerso em óleo fino ou com óleo do motor. Se fizer uma caixa de transmissão lacrada, óleo ATF seria melhor pois penetra mais nos cantos das correntes e não gera calor. Se botar óleo SAE90 vai aquecer e acredito que a corrente vá sofrer mais com lubrificação.
    Chevrolet Caravan Comodoro 1982 - Muito chique!

  • #7
    Engraçado, eu não lembro de ter criado esse tópico na área de off-topic, e sim no fórum geral.. mas enfim.

    Edintruder,

    Até o momento não falei muito sobre a solução como pensei, mesmo porque estava querendo saber se mais alguém tinha pensado neste tipo de solução... na verdade, a idéia do tópico era encontrar pessoas que já pensaram em fazer (ou até que já fizeram) e os resultados.

    Bom, pra começar, a inspiração que estou usando é o Mercedes W123.

    O que eu faria diferente é usar um sistema de óleo próprio lacrado, como você já comentou, separado do sistema de óleo do motor - visando usar um lubrificante mais adequado e de qualidade, o que também daria uma maior durabilidade tanto para o óleo em si quanto para a corrente.

    A questão da durabilidade da corrente, que você levantou anteriormente, é um item bem curioso: o próprio manual de manutenção do W123 não recomenda a troca em nenhuma quilometragem específica, só a verificação da folga.

    Pelas informações de quem tem ou quem já teve, 200mil km é o que uma corrente dura se você descuidar das trocas de óleo e não usar um bom lubrifcante, e 500mil km é a duração esperada de uma corrente bem cuidada.

    Dito isto, já dá pra saber porque pensei num sistema de óleo separado também.

    De resto, acredito que não tenha segredo, já que um sistema assim já existe: o maior trabalho intelectual é escolher as peças e encontrar uma forma de fazer caber tudo no lugar da correia.

    De qualquer forma, talvez aqui não seja o lugar ideal pra discutir esse tipo de coisa, infelizmente...

    Abraços,
    Leonardo

  • #8

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    Boa tarde

    Teve sucesso na empreitada?

    Citação Postado originalmente por Leonardo L. Ver Post
    Engraçado, eu não lembro de ter criado esse tópico na área de off-topic, e sim no fórum geral.. mas enfim.

    Edintruder,

    Até o momento não falei muito sobre a solução como pensei, mesmo porque estava querendo saber se mais alguém tinha pensado neste tipo de solução... na verdade, a idéia do tópico era encontrar pessoas que já pensaram em fazer (ou até que já fizeram) e os resultados.

    Bom, pra começar, a inspiração que estou usando é o Mercedes W123.

    O que eu faria diferente é usar um sistema de óleo próprio lacrado, como você já comentou, separado do sistema de óleo do motor - visando usar um lubrificante mais adequado e de qualidade, o que também daria uma maior durabilidade tanto para o óleo em si quanto para a corrente.

    A questão da durabilidade da corrente, que você levantou anteriormente, é um item bem curioso: o próprio manual de manutenção do W123 não recomenda a troca em nenhuma quilometragem específica, só a verificação da folga.

    Pelas informações de quem tem ou quem já teve, 200mil km é o que uma corrente dura se você descuidar das trocas de óleo e não usar um bom lubrifcante, e 500mil km é a duração esperada de uma corrente bem cuidada.

    Dito isto, já dá pra saber porque pensei num sistema de óleo separado também.

    De resto, acredito que não tenha segredo, já que um sistema assim já existe: o maior trabalho intelectual é escolher as peças e encontrar uma forma de fazer caber tudo no lugar da correia.

    De qualquer forma, talvez aqui não seja o lugar ideal pra discutir esse tipo de coisa, infelizmente...

    Abraços,
    Leonardo

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