Quarta-feira, 19 de maio de 2004 - Ana Cecília Santos
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Carro Clonado
Carro clonado pode levar à perda da carteira
Só nos cinco primeiros meses do ano, o Detran já abriu
257 processos de investigação de carros clonados no Rio.
Se desconfiar de clonagem, o proprietário deve pedir um
processo de investigação no setor Anticlonagem do Detran
para comprovar a irregularidade. Do contrário, além de
ficar responsável pelas multas, a vítima pode ter a
carteira de habilitação suspensa ou cassada por causa
dos pontos lançados em seu prontuário.
Para evitar o problema, o consumidor precisa estar
atento ao principal sinal: o recebimento de multas que
não reconhece.
Processo de investigação de clonagem dura em média 20
dias
No setor de Anticlonagem, o processo de investigação
dura cerca de 20 dias. Para dar entrada ao pedido, o
proprietário do carro deve preencher o requerimento e
anexar cópia da carteira de habilitação, do CRLV, da
identidade, do CPF e do comprovante de residência. Além
disso, é preciso apresentar quatro fotos do carro
(frente, traseira e laterais direita e esquerda). Ao fim
da apuração, caso a denúncia seja comprovada, a
corregedoria do Detran envia um ofício aos órgãos
autuadores (Prefeitura, DER e Polícia Militar),
solicitando o cancelamento das multas indevidas.
Segundo o corregedor-geral do Detran, Carlos Fogaça, uma
das características da clonagem é que raramente existe
apenas uma multa:
— O problema também não dura muito tempo porque o
infrator muda de placa para evitar que a fiscalização o
pegue. Por isso, é importante o consumidor denunciar
logo que identificar o problema.
As informações, segundo Fogaça, ajudam a identificar o
carro que está sendo usado na fraude. Foram essas
denúncias que possibilitaram a apreensão de 305 clones
em 4.638 processos abertos desde 1999.
O corregedor-geral diz que os casos de clonagem
cresceram por três razões básicas: evitar as multas de
trânsito, os pontos na carteira e facilitar a
legalização de carros roubados. Segundo ele, há dois
tipos de clonagem, a que faz a cópia do número da placa,
independentemente do modelo e a reprodução perfeita,
em que é feita a duplicata do documento do carro e a alteração do número do chassi.
Um crime previsto no Código Penal.
Placa com lacre vermelho dificulta clonagem
Fogaça observa que nem todas as vezes em que o motorista
recebe uma multa que não reconhece trata-se de clonagem:
— Quando não há fotos da infração, pode ter havido um
erro na anotação do número da placa ou da marca do
carro, ou ainda um erro na digitação do dados. Nesses
casos, o consumidor deve recorrer da infração que,
possivelmente, será cancelada por inconsistência.
Desde 1999 foi adotado um novo lacre, vermelho, nas
placas dos carros, que tem um número de série controlado
pelo Detran e gravado no documento do veículo. O carros
novos, que fizeram o licenciamento de 1999 para cá, já
saíram da primeira vistoria com o lacre vermelho. Os
antigos, que têm o lacre branco, podem substituí-lo
agendando uma vistoria. É preciso pagar o DUDA, no valor
de R$ 65,62, para receber a segunda via do documento do
carro, com o número de série do lacre.
— O lacre vermelho dificulta a clonagem porque é mais um
item que o criminoso tem que copiar. Além disso, sua
falsificação é difícil — afirma Fogaça, destacando que o
objeto é fabricado pela mesma empresa que produz lacres
para a Nasa e a Força Aérea e o Correio americanos. "
Fonte: http://www.camaradasdoniva.com.br/in...eral/clone.htm