O retorno do JIPÃO (O ONÇA)

[CAPT GOTTLIEB]

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Em Maio de 2016 vendi o meu JIPÃO, embora sem necessidade. Fiquei com meus dois Fuskinhas para off-road (BAJA VW 1600 e o BUGGY-GAIOLA VW 1600). Mas a saudade daquele off-road fortíssimo foi ficando cada dia mais intensa e no final de Fevereiro encontrei um outro JIPÃO para comprar. Sim, tive uma recaída! É um JIPÃO TOYOTA BANDEIRANTE, curto, 1983, capota de lona, motor OM-314 e câmbio de 4 marchas sincronizado. O veículo é de cor amarela predominante, com detalhes em preto. Está em bom estado, mas tem muitas miudezas para fazer. Vim dirigindo o JIPÃO do Vale do Paraíba até Amparo (205 Km)sem problemas importantes. Agora está emplacado, licenciado e foi para oficina receber um trato inicial. Resolvemos batizá-lo como "O ONÇA".
A meu ver este tipo de JIPÃO precisa ter:
1- Freio a disco na dianteira.
2- Servo-freio. Motor OM-314 já veio com depressor de ar.
3- Direção hidráulica.
4- Turbina
Só não tem o item 4, mas a DH precisa ser melhor instalada.
Coisas para se fazer:

- Revisão da parte elétrica (pouca coisa)
- Revisar a direção hidráulica e sua fixação no chassis
- Trocar as duas rodas-livres (AVM manual)- uma RL está quebrada.
- Colocar a barra estabilizadora (já comprada por R$ 400,00)
- Colocar freios a disco na dianteira (já comprados - VARGA)
- Colocar o tanque de combustível de plástico - já comprado
- Trocar os dois pisca-pisca da frente
- Fecho para cadeado no cofre
- Colocar uma torneira corta-diesel
- Refazer o para-choque da frente
- Verificar a folga do pinhão do diferencial traseiro
- Trocar o volante de direção
- Colocar tomada elétrica de engate traseiro
- Colocar cintos de segurança novos
- trocar a colmeia do Radiador

Gostaria de colocar uma turbina, mas isto é uma outra história que fica para uma outra vez!

Meu antigo JIPÃO e que deixou saudades:


Meus dois Fuskinhas adoráveis e que toda semana rodam por Amparo e região:


Meu JIPÃO 1983, curto, capota de lona e melhorando:


Oficina:

[CAPT GOTTLIEB]

Desmontamos a suspensão dianteira com os seguintes objetivos:
1- inspecionar eixos, molas, homocinéticas e rolamentos. Já encontramos um rolamento do munhão em péssimo estado e será trocado.
2- trocar as rodas livres (uma delas quebrada) por um par de Rodas Livres AVM 421HP.
3- medir o CASTER e corrigi-lo, se necessário (manter entre 1,5 a 3,0 graus positivos)
4- instalar os freios a disco dianteiros
5- instalar a barra estabilizadora com os suportes e bieletas



Aproveitamos para tirar o radiador e envia-lo à Oficina de Radiadores David, em Amparo, para trocar a colméia.
Como estava no jeito passei a lixadeira no único local que precisa pequeno reparo de funilaria (rachadura no paralama direito). Um pouco de trabalho com martelo e tasso, pois a rachadura foi consequência de um amassado e em seguida a MIG (Salomão). Agora virá massa, lixa, fundo e pintura...

[CAPT GOTTLIEB]

O antigo proprietário me vendeu o JIPÃO com freios a disco dianteiros VARGA (com guarda-pó), na caixa. Agora estão sendo instalados.

[Sergio c]

Boa essa revisão, depois da p andar bem mais tranquilo.

[Maggion]

excelentes atualizações

acompanhando sempre.

[CAPT GOTTLIEB]

Quando assistimos um filme onde os protagonistas usam carros conversíveis, numa bela paisagem, ficamos entusiasmados. Por que não? Afinal dirigir ou passear um carro sem capota, completamente exposto ao vento ameno e ao sol... Um Jipe assim parece sempre algo muito convidativo e agradável. Será mesmo? Deixando de fora o mau tempo e se atendo apenas aos dias ensolarados eu diria que depende muito do gosto de cada um. Há pouco mais de 20 anos pilotei (desavisadamente) um Buggy sem capota, de Ubatuba à Ilhabela, em pleno verão e o que era para ser uma delícia, uma liberdade pouco usual num carro logo foi se transformando num tormento, pois o sol forte começou a me incomodar e muito. Tenho a pele clara e sensível e o sol forte foi, é e sempre será meu inimigo, mesmo com roupas adequadas, protetor solar e chapéu. A solução foi fazer uma parada e improvisar um teto rústico de pano usando duas toalhas grandes, barbante e pedaços de bambu. Depois disto a primeira coisa que fiz foi instalar uma capota solar no Buggy, que pouco protegia da chuva, mas era bem eficiente contra o sol.

Agora que comprei este JIPÃO capota de lona algumas pessoas me sugeriram remover a capota e rodar com ele "topless". Alegam que seria mais divertido e bonito. Pode até ser, mas no meu caso a sugestão será inaceitável, pois um "rato branco" não pode nem deve tentar se bronzear! A capota de lona Pissoletro está em bom estado e será mantida.

Belo Land cruiser 1978 (FJ40), irmão do Bandeirante, mas de ninhada diferente, pois é muito bem acabado, tem mais recursos e motor geralmente a gasolina. Lembrar que para os estadunidenses a gasolina é barata. Porém a falta de capota pelo menos contra o sol me desanima.

JIPÃO e sua capota de lona

Meu antigo Buggy com uma eficiente capota solar, onde foi também colocado o estepe e a caixa de ferramentas de bom tamanho. Quase não oferecia proteção na chuva, mas no sol cumpria muito bem sua função.

NOTA: têm pessoas que suportam bem o sol forte e a capota pode ser desnecessária ou até indesejável. Eu os invejo, no bom sentido, é claro!

[Aristides Jr]

Olá Capt Gottlieb!

Gostei muito do Onça!

Também acho o maior "barato" andar com carro aberto!
Infelizmente tenho problemas causados pelo sol na pele!
Por enquanto tenho resolvido com mangas longas, chapéu e luvas!

Para o dia a dia (se é que existe isso para estes veículos) um top de lona resolve!

Parabéns pela aquisição!

Ps. (Também adorei os fuskinhas)

Enfim deixo o convite:- Se gostar de encontros de carros antigos, venha na manhã do último domingo do mês
em Paulínia.

Abraço Aristides Júnior

[CAPT GOTTLIEB]

Aristides, somos quase vizinhos. A capota de lona Pissoletro está em bom estado e por isso vai permanecer, mas com o passar do tempo vai ficar deteriorada eu penso que substituí-la por uma simples capota solar seria uma ótima e prática solução. Acho que confirma a sua ponderação sobre um "top de lona", uma ótima ideia. Em matéria de carros off-road antigos eu sou flex: Jipão Toyota, Buggy-Gaiola e BAJA. Não preciso pagar mais IPVA e os Fuskinhas são de manutenção fácil e barata. O Jipão ainda tem peças, mas o custo muitas vezes é quase proibitivo e é necessário procurar bastante, até encontrar preço realista ou então optar por uma peça adaptada de outro veículo. Alguns toyoteiros ficam arrepiados quando se fala em adaptar, pois querem a originalidade a qualquer preço. São opiniões, cada um tem a sua e eu respeito. Não sou contrário a adaptações desde que sejam bem feitas, pois gambiarras são inaceitáveis e perigosas. O Jipão está com uma direção hidráulica da S-10, mas a adaptação tem algumas imperfeições que estão sendo corrigidas. A originalidade é uma obrigação para os colecionadores, mas não para mim, um simples velhote jipeiro.
Agradeço o convite para ir até Paulínia.

[CAPT GOTTLIEB]

Aristides, qual é o JIPÃO que você possui? Poderia postar algumas fotos? Abraços

[Aristides Jr]

Olá Capt Gottlieb, sim praticamente vizinhos!

Sou feliz proprietário de um Jeep Willys 1951 meu companheiro a 40 anos, e que faz parte da minha história!

Também não sou tão exigente com originalidade, gosto que funcione bem!

Temporada de trilha para mim já acabou!

Atualmente até que tento manter o mais original pois acho que é assim que ele funciona melhor.

Mecanica esta praticamente original:- motor, cambio, radiador, filtro de ar, diferenciais, freios, direção, pedais, instrumentos.

Modificado:- 12volts, carburação, bancos, volante, rodas, pneus, capota, santo antonio... mais ou menos isso.

Neste próximo domingo estou planejando participar do encontro em Paulínia,

Abraços Aristides Júnior

[CAPT GOTTLIEB]

Aristides, parabéns! Este Jeep Willys 1951 é o modelo mais bonito de todos os jipes fabricados até hoje. O seu está uma beleza e parece estar muito bem tratado e conservado. O JIPÃO Toyota é mais bruto e menos belo, dizendo assim para contentar gregos e troianos. Ahahahahahaha! Há 25 anos eu tive um Jeep Willys 1968, motor 6 cilindros do Ford Maverick durante 3 anos. Foi muito divertido, mas depois acabei trocando por um Buggy preparado para barro. Este ficou comigo 18 anos e acabei trocando pelo BAJA, que ainda está comigo e vai ficar até o inventário. O BAJA foi um Fuska 1969, tem 50 anos e no ano passado fez Amparo-Petrópolis (600 Km) duas vezes. Tem motor 1600 e na Via Dutra vai a 100-110 Km/h. Mas a única coisa nele que ainda é original e tem 50 anos é o chassis. Quase tudo foi trocado ao longo destes anos: motor, câmbio-diferencial (33x8), suspensão dianteira, parte da suspensão traseira, freios, rodas e até a carroceria (é de um Fusca 1978). Há 4 anos comprei um Buggy-Gaiola e dei para minha filha que mora no litoral, mas ela não quis, pois atualmente uma moça rodar com carro aberto na baixada santista é desaconselhável. Que triste situação o Brasil chegou! Violência e perigo por toda parte! Fiquei com o Buggy, pensei em vender, mas tomei gosto e desisti. Passeio com ele toda semana e muitas pessoas ficam admiradas de ver um velhote pilotando um carrinho tão diferente. Tem motor 1600, mas a relação coroa-pinhão é 35x8, sendo menos veloz que o BAJA, mas tendo mais força. Pesa 450 Kg e se colocar pneus agressivos (MUD) é capaz de subir até em paredes. É muito legal pilotar o Buggy, mas se chover adquire status de motocicleta e você se molha inteiro. Agora surgiu um JIPÃO Toyota em bom estado por bom preço e não resisti, pois adoro veículo com torque elevado. Sinto-me como se estivesse dirigindo um carro de guerra! Ahahahahahaha! Estou fazendo algumas miudezas e melhoramentos para poder rodar com ele de forma mais segura. Trilhas nem pensar. Com 72 anos e aposentado há 4 anos eu me contento em passear pela cidaade, pelas estradas vicinais da região serrana, passando por sítios e fazendas. Uma vez por ano vou até a serra da Canastra (500 Km) e é realmente um prazer. Costumo ficar na Pousada Praia da Crioula (5 km de Vargem Bonita). Dá para fazer bons passeios, comprar o maravilhoso queijo Canastra e conhecer belas cachoeiras da bacia do Rio São Francisco, neste local ainda puríssimo e sem poluição. O BAJA, o Buggy-Gaiola e meu outro JIPÃO Toyota já estiveram lá e se saíram muito bem. É mais emocionante fazer passeios na Canastra com o Buggy-Gaiola, mas se estiver tempo seco a poeira vai penetrar até na alma. Porém se chover o pó vira barro, a estrada um sabão e a lama lambuza você inteiro. Retribuo o convite. Se você vier por estas bandas venha conhecer meu JIPÃO (ainda na oficina) e meus Fuskinhas espertos. Abraços


Este foi o Buggy que troquei pelo Jeep Willys. Tinha motor 1300, vão livre um pouco elevado e pneus AT na traseira. Ficou comigo 18 anos e foi trocado pelo BAJA. O motor era um pouco modesto para off-road, mas nunca me decepcionou.

[Aristides Jr]

Muito bacana seus veículos!

E pelo que me conta vejo que aproveita muito bem deles!

Isso é muito bom!

Falando no Onça, torque é o que não falta deve ser mais que 25 mkgf, não é!

Baja então nem se fala! Dá para usá-lo como carro de passeio e ainda enfrentar terrenos difíceis, mecânica lendária! fácil manutenção e dificilmente te deixa na mão!

Continuo dizendo:- Está de parabéns!

Qualquer hora a gente se encontra para ver as máquinas!

Enquanto isso vou acompanhando o tópico.

Abraço Aristides Júnior