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  • #1
    Usuário Avatar de Kim
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    Tampa do radiador, válvula termostática e junta do cabeçote.




    Caros amigos.

    Vejo que muitos de nossos amigos tem problemas com esses itens, então, venho aqui, fazer um guia rápido sobre o assunto, o qual segue:

    Tampa do Radiador


    A tampa de um radiador é na verdade uma válvula de duas vias, projetada para aliviar pressão (num valor específico) e vácuo. Ela isola o radiador da atmosfera, permitindo que a pressão aumente automaticamente a medida que o fluido é aquecido..

    Quando a pressão atinge um certo valor, a tampa do radiador atua como válvula de alívio e expulsa o excesso de pressão. Este ponto de expulsão, é determinado especificamente para cada tipo de radia dor pelo fabricante do motor (figura 1, parte 1).

    As tampas dos radiadores são também válvulas de alivio de vácuo permitindo que o ar atmosférico entre no sistema a partir do momento que ele começa a se esfriar. Isto impede a formação de vácuo, evitando a contração das mangueiras e do radiador (figura 1, parte 2).

    Esse sistema existe em todas as tampas, seja as modernas de plástico (figura 2), ou as de metal modelo antigo (figura 3)

    Nas tampas modernas, aqueles ressaltos que tem, que achamos que é para o FDP do frentista apertar a tampa, na realidade é o vertente/ladrão do sistema de alta pressão.

    Não adianta apertar a tampa, basta encostar, e mais um leve aperto chegando próximo de 1/4 de volta para realizar tal procedimento.

    Note na figura 4, que ao centro, encontramos a válvula de retorno, para quando a água esfria, mais para fora, fica o sistema de pressão, com as 4 ranhuras de saída de pressão na carcaça externa da tampa.

    A pressão das mesmas,serão definidas por vários fatores, que geralmente é calculado pela fábrica do veículo em questão, de onde a quantia de líquido de arrefecimento vogará diretamente neste fator.

    Reservatório de expansão:
    Na maioria dos veículos modernos, existe um sistema de recuperação do fluido de arrefecimento. Neste sistema o fluido é armazenado num reservatório quando a pressão aumenta, e é devolvido quando a pressão cai novamente, evitando principalmente a concentração de vapor no sistema (vapor lock), que poderá ser prejudicial a bomba d'água e as galerias do motor. Isto reduz o aparecimento de oxidação interna, devido evitar a penetração de ar no sistema.

    Nesse sistema, o reservatório não tem pressão, como no caso do passat antigo, fiat 147, niva, opala, d 20.

    A pressão é regulada pela tampa, onde o "ladrão" faz a conexão entre o sistema de arrefecimento e o reservatório.

    Sistema selado:
    Não há tampa no radiador.
    Houve alguns casos, que como houve uma "readequação técnica" por parte da fábrica, colocou-se um tampão no radiador, com um reservatório com pressão.

    Esse sistema é utilizado hodiernamente, pois pode-se diminuir o tamanho do radiador, sem contudo diminuir a quantia de líquido no sistema.

    A tampa da figura 5 é uma curiosidade, nela há uma borboleta para despressurização, consequentemente, evita acidentes.

    Então, não confundam, sistema selado, com reservatório de expansão!!!!
    Miniaturas de Anexos Miniaturas de Anexos -tampa-radiador-moderno.jpg   -tampa-radiador.jpg  
    Imagens Anexas -tamparad.jpg -tampa-radiador-moderno-interno.jpg -tamparadstant.jpg 
    4X4 Brasil

  • #2
    Usuário Avatar de Kim
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    Válvula Termostática.


    O controle de temperatura no sistema de arrefecimento é realizado através da válvula termostática, mantendo o motor na temperatura adequada de funcionamento.

    Com a válvula termostática fechada o motor atinge rapidamente sua temperatura ideal de funcionamento. O líquido de arrefecimento circula somente no motor, pois a válvula termostática está fechando a passagem que vem do radiador.

    Com o aquecimento do motor, a válvula termostática abre gradativamente a passagem de água refrigerada do radiador, e fecha a passagem do circuito do motor.

    Cada motor, dependendo de sua fabricação, do tipo de combustível que utiliza, trabalha com uma temperatura específica, por isso, usa uma válvula termostática específica.

    A avaliação quanto ao funcionamento da válvula termostática deve ser feita através da comparação entre as distâncias nas temperaturas de início e final de abertura. (figura 1)

    Quando o motor atingir a temperatura normal de funcionamento, o sistema de arrefecimento estará sob uma pressão entre 1,0 e 1,5 bar, o que faz com que o ponto de ebulição da água mude de 100º C para 125ºC. Como conseqüência disto, o motor pode trabalhar com pontos internos de temperatura superiores a 100ºC, sem que exista o perigo da formação de vapor de água no sistema.

    Quando NÃO se usa a válvula termostática, cria-se a ilusão de trabalhar com o motor "frio".

    Digo ilusão, pois com a liberação do fluxo, o líquido não chega em todos os lugares do motor, sendo que em certas regiões, terá um superaquecimento, e em outras um subaquecimento, e o que será mostrado no painel de instrumentos, não será a realidade do que está acontecendo.

    Uma experiência in loco que podem fazer, é retirar a válvula, remontar o sistema, funcionar o motor e acelerar, não precisa ser muita coisa.
    Quando não há válvula, a bomba d'água, joga o líquido com pressão para o radiador, mais, o líquido não entra com a mesma pressão pela mangueira inferior, ocasionando um "sugamento" na mangueira e interrrompendo o fluxo, ocasionando assim o superaquecimento do motor.

    Com o uso da válvula, além de manter o motor na temperatura ideal, fará que a o fluído seja bombeado para todas as galerias do motor, mantendo igualada a temperatura.
    Imagens Anexas -valvula-termostatica.jpg -valvula-termostatica2.jpg 

  • #3
    Usuário Avatar de Kim
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    escrevi muito, mais perdi tudo, aguardem...

  • #4
    Usuário Avatar de Kim
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    Junta do cabeçote.


    Não entrarei aqui no mérito de qualidade ou opções do mercado, de juntas de metal, fibra, ou anéis de bronze para motores preparados, não é o foco.

    Será abordado o diagnóstico, bem como os efeitos colaterais do problema em questão.

    O motor começou a falhar, parece, muitas vezes, que é um quadrado morro abaixo o funcionamento, chacoalha tudo.

    Então veremos:
    Com o motor desligado, abre-se a tampa do radiador, liga-se o motor, ai começa a sair muita pressão, o fluído do radiador borbulha como um caldeirão.

    Isso ocorre, devido a queima da junta entre a câmara de combustão e a galeria do fluído do radiador.
    Como a fissura faz comunicação, a pressão deriva para o radiador, como outros efeitos, se as mangueiras do sistema de arrefecimento não estiverem boas, poderão estourar, pois não agüentarão a pressão.
    O inverso pode acontecer.
    Se o motor ficar desligado por um longo período, poderá haver o dreno do fluído do radiador para dentro da câmara de combustão, e quando no ato de ligar o motor, haverá calço hidráulico, podendo comprometer o motor.

    O motor está falhando, mais não sai pressão pela tampa.
    A fissura pode ter ocorrido entre as câmaras de combustão.
    Neste caso, alem da falha, não há conseqüências, a não ser a perda de potencia.

    Em alguns casos, a fissura se dá entre a galeria de óleo e o fluído do radiador; Isso ocorre devido ao apodrecimento da junta mesmo.
    Então, ocorre a contaminação do óleo, ficando de coloração acinzentada, com “bolhas” de água.
    Com a contaminação, pode ocorrer o travamento do motor, por falta de lubrificação.
    O inverso pode ocorre, quando a fissura pega uma galeria de óleo com pressão; Então, começa a “aparecer” óleo no radiador.
    Neste caso, muitas vezes o motor não falha.

    A solução, é aplainar o cabeçote, mandar verificar o empenamento do bloco, pois isso pode ocorrer.

    Muitas vezes, há necessidade de trocar os parafusos, pois vão perdendo a capacidade de torqueamento. (vão esticando mesmo)

  • #5
    Usuário Avatar de junior braga
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    Citação Postado originalmente por Kim Ver Post
    escrevi muito, mais perdi tudo, aguardem...

    calma kim, muita calma nessa hora.....ou sei lá, muita hora nessa calma....

    kkkkkkkkkkkkkkkk

    muito bom o texto....

    abrassssss

    Smurff - CJ 5 1959 monstrinho 6 cil. + 3m seca

  • #6
    Usuário Avatar de Luca
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    Citação Postado originalmente por Kim Ver Post
    ... Vejo que muitos de nossos amigos tem problemas com esses itens, então, venho aqui, fazer um guia rápido sobre o assunto, o qual segue: Tampa do Radiador ...
    Kim,
    Oportuna mensagem. Vou tomar a liberdade de dar um pitaco. As boas tampas de radiador (foto 3), quase não mais existem. Para o ViraLatas somente através do Mercado Livre consegui uma original. As de reposição Click e outras assemelhadas, nada valem. Na primeira inspeção após uso a borracha se mostra deformada fica grudada no bocal e a mola e a tampa ficam oxidadas. Conselho meu aos colegas, antes de fazer a adaptação de um novo radiador, solicite ao fabricante que providencie uma tampa original de montadora. E só pague depois de recebê-la.
    []´s
    Pajero 2P Mecânico 3.5 V6 - Flexa
    Engesa EE4 (motor Toy 14B) - ViraLatas

  • #7
    Usuário Avatar de Kim
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    Opa Luca!

    Isso é verdade!

    Hoje em dia, prima-se pelo "barato", esquecendo a qualidade e segurança.

    Tenho uma máquina no sítio, que tem a tampa que saiu de fábrica, está perfeita, pois sempre faço inspeção (o ano é 77).

    De outro lado, estou comum CJ em casa, a tampa foi trocada a 18 meses, e não veda mais a válvula de retorno.

    Isso vem a comprovar a baixa qualidade do material empregado hoje em dia.

    Muito obrigado pelo comentário!

    Abaços.

    Kim.

  • #8
    Usuário Avatar de SERGIO AUGUSTO
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    Fala Kim!
    Extremamente importante, oportuno, e solidário, o tópico. Parabéns!!
    Só enfatizando o que falou o colega, quanto à tampa de rediadores originais, vale também para as valvulas termostáticas e juntas de cabeçote. Não necessariamente temos que adquirir estes materiais nas concessionárias, mas nas boas lojas do ramo, tem-se os mesmos materiais, só que sem o "carimbo" da montadora, e extamente iguais aso de linha de montagem.Nos sites de fabricantes destas peças se consegue as especificaões das mesmas. Devemos ter a máxima atenção com os sistemas de arrefecimento de nossas viaturas.
    Show de bola seus textos!!
    Abraço
    Sérgio

  • #9
    Usuário Avatar de CAVESO
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    Bacana mesmo o tópico!

    Lembrando do uso de um bom aditivo para fechar a revisão do sistema de arrefecimento com um gelo legal....

  • #10
    Usuário Avatar de Julio Militão
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    Kim,

    No caso da tampa da figura 1, parte 1, a mangueira de purga do excesso de água pode ser conectada a um reservatório de expansão e, assim, com o resfriamento, sugar a água de volta? Será que funcionaria?

    Um abraço

  • #11
    Usuário Avatar de Kim
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    Opa Julio Militão!

    Funciona sim!

    O Opala, D20, Linha VW motor AP, até 1990 (+ -), aqueles que o reservatório ficava próximo ao parabrisas do lado do passageiro, Niva, linha Fiat, até 1990 também ou menos.
    Nesse sistema não há pressão no reservatório, pelo contrário, deve haver uma ligação com a atmosfera, e não precisa ser acima da linha do radiador, tendo em vista que não regula se há ar ou não no sistema.(desenho 1)

    O Corcel/Del Rey, o sistema já era diferente, ou melhor, é o usado na maioria dos veículos de hoje em dia.
    A tampa que regula a pressão, fica no reservatório, que por sua vez, obrigatoriamente deve ser acima da linha superior do radiador, para que, não fique ar no sistema. (desenho 2)

    Abraços.

    Kim.
    Miniaturas de Anexos Miniaturas de Anexos -desenho-radiador.jpg   -desenho-radiador-001.jpg  

  • #12
    Usuário Avatar de Julio Militão
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    Obrigadão Kim,

    Mais uma que aprendi aqui no forum.

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