Sukys escreveu: "poder lubrificante" entendo como sendo a capacidade efetiva de lubrificar e se entrarmos neste nível de detalhamento qualquer composto que contenha carbono não cristalino é um lubrificante em potencial.
Luca escreveu: Não, não qualquer composto. O Brízio estava falando de adição de gasolina. Gasolina é combustível fóssil. É toda de frações de hidrocarboneto. E tem poder lubrificante sim.
Luca escreveu: Não, não qualquer composto. O Brízio estava falando de adição de gasolina. Gasolina é combustível fóssil. É toda de frações de hidrocarboneto. E tem poder lubrificante sim.
Voltando à gasolina e considerando a questão original (alguns litros de gasolina diluídos em um tanque com álcool) qual é o poder lubrificante OBJETIVO desta mistura?
É mensurável a ponto de afirmar que o poder lubrificante da gasolina produz algum efeito?
Medição requer método, qual o método aplicado?
Outra coisa, considerando que o poder lubrificante de qualquer substância está diretamente relacionado com a capacidade de suportar cargas, qual é a capacidade de carga da gasolina?
No caso da mistura em questão, esta capacidade de carga altera significativamente a capacidade de carga do álcool?
Eu tenho os valores (em Stokes) tanto da gasolina quanto do álcool, o que poderia ter utilidade na avaliação da viscosidade, mas não encontrei. Se tiver e puder informar, agradeço.
Sukys escreveu:gasolina não tem nenhum poder lubrificante, pelo contrário
Luca escreveu: Você negou de maneira absoluta e categórica. Se é pouco, é outra história. Mas tem.
Luca escreveu: Você negou de maneira absoluta e categórica. Se é pouco, é outra história. Mas tem.
Se tem então caracterize, porque eu não consigo observar o poder lubrificante que poucos litros de gasolina diluídos em álcool possa acarretar na vida útil de uma bomba de combustível.
Sukys escreveu: pelo contrário
Luca escreveu: Pelo contrário é inexplicável. Ou tem, ou não tem. "Pelo contrário" não existe. Ou lubrifica ou não.
Luca escreveu: Pelo contrário é inexplicável. Ou tem, ou não tem. "Pelo contrário" não existe. Ou lubrifica ou não.
No site da Petrobrás existe (disponível para donwload) o ensaio padrão para combustíveis e nele é possível identificar, dentre as diversas normas e procedimentos, o que diz respeito ao poder lubrificante e corrosivo dos combustíveis, podendo destacar o que segue.
O diesel possui uma norma (viscosidade cinemática, método do viscosímetro de tubo capilar de vidro) explicitando que tal método visa (entre outros) o controle de suas características lubrificantes que, diga-se de passagem, é digno de nota.
No caso da gasolina (e do álcool) a mesma norma (viscosidade cinemática) explicita apenas o controle do numero de Stokes para fins de atomização e não faz menção à lubrificação.
Existem mais duas normas sobre determinação da corrosividade, uma específica para o álcool e outra para a gasolina e diesel.
Em resumo, temos um combustível (gasolina) com um poder corrosivo efetivo e mensurável, ao passo que seu poder lubrificante não é determinado, mensurado ou sequer mencionado, e embora possa até existir em algum grau o mesmo não apresenta efetividade para este padrão de utilização.
Considerando a existência deste "algum grau", temos então um combustível que apresenta duas características antagônicas, por um lado uma POSSÍVEL capacidade lubrificante (em outras palavras, fator redutor de atrito) e por outro lado um EFETIVO poder de corrosão (em outras palavras, fator gerador de atrito), o que me permite expressar: a gasolina não tem poder lubrificante (fator redutor de atrito) pelo contrário (tem sim um fator gerador de atrito).
Ainda considerando a bomba de combustível, existe erro nesta afirmação?
Sukys escreveu: muitas substâncias liquidas ou gasosas podem - micrométricamente falando - alterar o atrito, disso eu também não tenho dúvidas, só que na prática isso passa batido.
Luca escreveu: Batido prá você poder provar seu ponto de vista, e desdizer o Brizio. Em teste de dinamômetro, não passa batido não.
É maior o atrito interno de um motor a combustão que trabalha com álcool, do que um que trabalha com combustível fóssil, sim. E não precisa ter um dinamômetro de última geração prá se medir. E misturar gasolina no álcool diminui o atrito interno, sim. A diferença é pequena. Mas não foi isso o que você escreveu.
Luca escreveu: Batido prá você poder provar seu ponto de vista, e desdizer o Brizio. Em teste de dinamômetro, não passa batido não.
É maior o atrito interno de um motor a combustão que trabalha com álcool, do que um que trabalha com combustível fóssil, sim. E não precisa ter um dinamômetro de última geração prá se medir. E misturar gasolina no álcool diminui o atrito interno, sim. A diferença é pequena. Mas não foi isso o que você escreveu.
Considerando que a gasolina o álcool ou qualquer mistura destes dois combustíveis acarreta em alteração do poder energético e sendo o poder energético o principal fator determinante da potência amostrada em dinamômetro, como é que se consegue determinar a variação relativa de atrito (entre dois combustíveis com poderes energéticos distintos) fazendo uso de um dinamômetro?
Já que você afirma que existe uma pequena diferença, seria possível quantificar?
Quantificação requer método, qual o método utilizado?
Sukys escreveu: poder corrosivo e que anula qualquer eventual capacidade lubrificante da gasolina.
Luca escreveu: Poder corrosivo???? Desconheço este termo em dinâmica. A corrosão que existe é nos componentes metálicos de condução, bombeamento e armazenamento do álcool. Não ocorre corrosão nos elementos dinâmicos (pistão cilindro e anel) por utilização de álcool hidratado. Somente aumento de atrito. Corrosão que anula poder de lubrificação???? Atenção no que você escreve.
Luca escreveu: Poder corrosivo???? Desconheço este termo em dinâmica. A corrosão que existe é nos componentes metálicos de condução, bombeamento e armazenamento do álcool. Não ocorre corrosão nos elementos dinâmicos (pistão cilindro e anel) por utilização de álcool hidratado. Somente aumento de atrito. Corrosão que anula poder de lubrificação???? Atenção no que você escreve.
Que coisa, sou capaz de jurar que já li um ensaio sobre dinâmica dos gases onde lá pelas tantas é analisado que o atrito com o ar gera uma corrosão no bordo de ataque de uma asa de avião super-sônico. Tudo bem, deixa prá lá que este assunto não tem nada a ver com o proposto...
Atenção no que eu escrevo? Pois bem, preste você atenção e perceberá que fiz esta citação em referência à bomba de combustível e não às partes internas do motor, mas já que o assunto é este, quer dizer então que a utilização do álcool promove aumento de atrito?
Onde é que fica então o poder lubrificante da gasolina?
Não estamos falando sobre gasolina do tipo C?
E mesmo que a gasolina em questão seja a do tipo A, uma alta concentração deste combustível dentro da câmara de combustão não altera as características do óleo lubrificante atuando como agente contaminador e acarretando, em última análise, em maior atrito entre as partes móveis?
Este fenômeno não se sobrepõem a qualquer característica lubrificante da gasolina?
Se a concentração deste combustível for pequena o suficiente para não contaminar a película lubrificante, existe algum efeito lubrificante da gasolina que se sobreponha ao poder lubrificante da pelicula de óleo e que seja digno de nota?
Sukys escreveu: Para o caso em questão, corrosão não é igual a aumento de atrito?
Luca escreveu: Corrosão não ocorre no pistão e no cilindro, mas nos tanques, bombas e dutos. Não há aumento de atrito no cilindro x pistão por corrosão no tanque de combustível. Você tá se superando.
Luca escreveu: Corrosão não ocorre no pistão e no cilindro, mas nos tanques, bombas e dutos. Não há aumento de atrito no cilindro x pistão por corrosão no tanque de combustível. Você tá se superando.
Realmente, eu estou me superando...
Sukys escreveu: Profissionais .... De todos os tipos, alguns magros, outros gordos...
Luca escreveu: Então, será que tem algum com diploma? prá você também.
Luca escreveu: Então, será que tem algum com diploma? prá você também.
Taí uma coisa que não me preocupa quando tenho contato com profissionais, justamente por saber que existe uma diferença brutal entre "ser" diplomado e "estar" diplomado.
Falando nisso, como era mesmo o nome daquele engenheiro diplomado que construiu uns prédios no Rio de Janeiro, utilizando areia do mar?
Quanto a mim, quando o assunto é mecânica, física ou química não passo de um mero curioso e como tal tenho todo o direito de errar, coisa que um diplomado sobre o assunto tem é obrigação de acertar, não é mesmo?
Falando em diploma, coincidentemente falei hoje com um amigo "dono de canudo" e entre uma conversa e outra toquei neste assunto do poder lubrificante da gasolina. Como a praia dele é física, me passou o telefone do Laboratório de Combustíveis e Lubrificantes do IPT para que eu tirasse a dúvida com quem realmente entende do assunto. Liguei, perguntei e por mais que qualquer pessoa tente me dizer o contrário fico com a explicação simples, clara e objetiva do IPT, que para mim não teve nenhuma novidade.
Como eu não sei se este telefone é para divulgação pública, se alguém se interessar posso passar o numero por email.
Sukys escreveu:Não anda se mal feito...
Luca escreveu: Tá dizendo que todas as conversões prá gás são mal feitas? Por que se há uma unanimidade sobre veículo que usa gás como combustível, é que andam menos.
Luca escreveu: Tá dizendo que todas as conversões prá gás são mal feitas? Por que se há uma unanimidade sobre veículo que usa gás como combustível, é que andam menos.
Pelo visto sou uma pessoa de sorte porque não só vi conversões bem feitas como também já tive a oportunidade de ver um motor preparado para competição utilizando exclusivamente GNV como combustível.
Fazendo um resumo de toda esta história chego a seguinte conclusão: no inicio deste tópico houveram um monte de besteiras sobre conversão via chip e não apareceu nenhum profissional para questionar ou elucidar a questão, mas bastou eu fazer alguns comentários pertinentes que logo chegaram dois.
E tanta coisa por causa de uma picuinha...
Em tempo, todas as minhas perguntas não são um afronto e sim mera curiosidade de quem quer continuar à aprender.
Voltando aos meus bits e bytes... 8)