Como sempre digo: “O carro bom é aquele que atende as expectativas e necessidades de quem o comprou.” E se você precisa de uma picape diesel e 4x4 para o trabalho, mas também vai fazer uso com a família ou lazer, a Nissan Frontier na versão mais barata, S-MT, que parte de 137.550 pode atender suas expectativas e necessidades com tranquilidade.
Não sai de fabrica com multimídia, tão pouco um simples radio. Caso queira, existem mil modelos disponíveis no mercado de preço e gênero variado. Acho que tudo bem não ter. No modelo avaliado, a marca instalou no concessionário um Pioneer para não nos deixar sem um som, além de ser mais seguro conectado ao celular.
Depois de comprar um veiculo 0 km é até legal escolher uns acessórios para personalizar a seu gosto a ‘caranga’. O som é item fundamental para mim e para muitos, por isso, vejo como positivo a possibilidade de escolher qual mais agrada, inclusive os falantes.
Diante da ‘dieta’ para o valor final ser competitivo e é, achei muito bacana a marca não ter tirado itens que são importantes para o proposito de um 4x4, como o controle de descida, como exemplo.
Os bancos não são parecidos com os de carro velho. Tem boa qualidade não só no tecido de revestimento, mas também no conforto, conforme constatei depois de ter chegado inteiro após horas ao volante.
As rodas de ferro em minha opinião condizem com o modelo robusto da picape e particularmente gosto muito, principalmente por ter mais resistência no off road.
Os para-choques acompanham a cor do carro, sem empobrecer o visual externo, como no caso de algumas concorrentes que denunciam com seus modelos de plástico preto.
Mas acho uma tremenda falha ter protetor de caçamba como opcional, principalmente nos modelos destinados a trabalho. Este item é crucial para quem trabalha com o carro, já que a pintura é convencional e não apropriada contra riscos ou escorregamentos de cargas e pessoas.
Demorei alguns dias para acostumar com o cambio mecânico de 6 marchas, principalmente pela longínqua posição à Ré, mas em contra partida, proporciona maior precisão em baixas rotações. Na rodovia, pouco é exigido e a sexta velocidade se mostra bem elástica permanecendo quase todo tempo.
O cambio manual ajuda inclusive na tocada com este motor, de ligeiros cavalos a menos que as outras versões. O motor é o mesmo, porém com apenas uma turbina TGV e não duas de alta e baixa, gerando 160cv contra os 190cv.
Não falta potencia nem torque, e sinceramente acho bem difícil perceber a diferença entre as duas. Pouco tempo antes desta avaliação, pude avaliar a versão Attack e constatar isso. Ter câmbio mecânico e apenas uma turbina colabora com a economia de combustível que a longo prazo faz diferença, principalmente para clientes desta categoria.
Gostei bastante desta versão e recomendo principalmente para quem gosta de personalizar seus carros, seja lazer ou trabalho. Exemplo disso é a Frontier do Cantor Michel Teló que virou churrasqueira móvel, pelas mãos do talentoso Tarso Marquês. E a sua, ficará como?
Um detalhe importante nesta picape que difere de todas as outras concorrentes é a suspensão traseira que todos já conhecem. A substituição do convencional feixe de molas por helicoidais. Isso contribui sim para o maior conforto aos ocupantes, porém só quando em pavimentação em bom estado. Quando em piso desnivelado, principalmente no fora de estrada, a traseira quando vazia quica muito. Para testar como fica com carga, inseri um lastro de quase 100kg distribuídos no centro da caçamba (duas pedras dentro de caixas plásticas). O resultado foi impressionante, a picape voltou a ficar confortável como no asfalto liso, mesmo no fora de estrada. Fica a dica!
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Até a próxima!
Flávio Verna