A Mitsubishi Motors tem minha admiração não só por eu ser cliente da marca há mais de 10 anos, mas também por diversas outras razões, como o de conhecer o engajamento e dedicação de seu staff, participar vários eventos do Mundo Mit, acompanhar as mais de 60 edições de sua própria revista entre muitas outras.



A experiência mais marcante foi conhecer a fabrica de Catalão e toda a linha de montagem, além do gigantesco centro de distribuição e estoque de peças genuínas. Os veículos da marca são produzidos sobre tecnologia de ponta e alto rigor de qualidade. Com mais de 20 anos, a produção passou dos 400 mil veículos. Dos mais de 2.200 colaboradores diretos, 5% são portadores de deficiências.



Na linha de montagem da Triton, pude experimentar a instalação de um volante e sentir a felicidade de fazer parte da construção de um veiculo que na maior parte das vezes é um sonho para o seu futuro proprietário.



Por que disse que a picape raiz leva um toque de Nutella? Pelo fato de terem conseguido criar um cardápio variado de versões, como a GL que deveria ser PF (prato feito), até a versão top HPE S que deveria ser chamada HPE G (Gourmet). Desculpe-me o trocadilho, mas tem uma versão para cada bruto (a). Tem com Nutella e só raiz ou raiz com toque de Nutella. Qual você escolhe?



São 5 opções ao todo: HPE S a mais recheada e com rodas exclusivas de 17", ajuste de banco do motorista elétrico e bloqueio de diferencial traseiro; HPE com rodas diamantadas de 16" com grade e farol Dark Chrome; GLS é uma versão mais acessível com transmissão automática, grade frontal cromada personalizável e maçanetas e retrovisores na cor do carro; A GLX conta com transmissão manual de 6 velocidades e tração 4x4 Easy Select com acionamento eletrônico, maçanetas, retrovisores e grade frontal black, além de faróis com mascara negra. Completando a linha com a GL que é mais casca grossa no quesito acabamento e destinada a frotistas e empresas que necessitam de um modelo robusto e eficiente para o trabalho.



Todas as versões são equipadas com o mesmo motor 2.4 litros em alumínio que entrega 190cv e quase 44 kgfm de torque. No caso desta avaliação, a picape estava registrando apenas 2380 km, talvez por estar amaciando ainda, achei um pouco amarrado o motor, não tive a sensação de segurança para ultrapassagens em rodovia, por exemplo. Sobre o consumo, rodei no total 776 km e registrei média de 11 km/l, sendo que o percurso foi 70% rodovia, 15% off road e 15% cidade.



A suspensão dianteira foi retrabalhada para reduzir os ruídos, além de vários outros itens, feixes de mola traseiros (que agora são maiores para aumentar a flexibilidade), ainda apresentam barulho quando seco depois de alguma terra. Tem que andar com um 'Viscosol' no porta-luvas.



Os bancos ficaram mesmo muito mais confortáveis e eficientes no fora de estrada, deixando o condutor e seus passageiros melhor posicionados e presos. Ponto positivo, já que este era um item de muita reclamação.



Tive dificuldade para vencer a subida de um morro escorregadio, me fazendo optar por outro caminho, já que os pneus não ajudaram na aderência. Mas vale lembrar que a subida em questão é hard core.



Em resumo, a picape continua muito boa e pratica para o uso principalmente no fora de estrada e vale cada centavo investir em pneus mais apropriados para tal. Já existem muitos acessórios off road desenvolvidos especialmente para a Triton, tornando bem fácil a preparação para qualquer necessidade, inclusive já vi vídeos de pessoas usando até com implemento agrícola.



TABELA DE PREÇO DE TODAS AS VERSÕES:





Flávio Verna
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